Sociedade | 10-06-2022 21:00

Encontro de minis clássicos em Alverca

Tânia Caetano

Alverca do Ribatejo recebeu o nono Passeio Saloio de Minis Clássicos, num encontro que juntou cerca de uma centena de pessoas.

Beleza, carisma e aventura são as três palavras que melhor definem a sensação de ter um Mini clássico. Quem o diz é Armindo Silva, técnico electricista e responsável pelo núcleo de Vila Franca de Xira do Grupo Minis Clássicos. A conversa com O MIRANTE acontece durante a 9ª edição do Passeio Saloio, uma iniciativa que juntou, em Alverca do Ribatejo, várias dezenas de apaixonados pelas quatro rodas.
Armindo Silva sempre gostou de carros e confessa, em jeito de brincadeira, que começou a conduzir quando ainda não tinha a carta. Diz que não gosta de dar o seu exemplo, mas agora que olha para trás percebe que eram sinais de que a sua vida ia estar ligada aos motores. A paixão pelos minis surgiu há três décadas quando juntou dinheiro para comprar o seu primeiro carro e optou pela marca britânica. Afirma que não hesitou quando há quatro anos surgiu a oportunidade de comprar o modelo igual ao do seu primeiro carro, veículo que levou para o encontro de minis. “Ter um carro clássico exige gastar muito tempo e dinheiro, mas sobretudo exige muita paixão”, vinca a O MIRANTE, acrescentando que realizar a sua manutenção exige paciência e muita atenção aos produtos e peças que utiliza.
Para além das histórias e memórias que tem com os minis, Armindo Silva não tem dúvidas em afirmar que o melhor desta actividade é o convívio com outros admiradores. “É incrível como a paixão por estes carros pode originar grandes amizades. Tenho amigos que são como família”, revela com um sorriso.
Os encontros costumam reunir pessoas de vários cantos do país. Tânia Caetano, 31 anos, arquitecta de profissão, fez 120 quilómetros desde Ourém, mas refere que há poucos meses foi ao Porto no seu mini clássico de cor azul. Partilha que a paixão pela marca teve origem na sua professora primária. “Ficava encantada ao vê-la chegar à escola. Lembro-me de pensar que um dia gostava de ter um carro como o dela. Felizmente concretizei o sonho”, afirma com orgulho.
Tânia Caetano conta que comprou o primeiro Mini quando ainda não tinha carta de condução. Não sabe descrever por palavras o porquê da admiração pela marca britânica. “Gosta-se e pronto. Sinto-me especial dentro destes carros”, sublinha, acrescentando que durante o dia também conduz um Mini, mas de um modelo mais recente. “As experiências que este carro me tem dado são incríveis”, vinca, recordando que a viagem mais longa que fez com o seu Mini azul foi de Ourém a Chaves.

Grupo apoia causas solidárias
João Saramago, um dos fundadores do Grupo Minis Clássicos, explicou a O MIRANTE que o principal motivo para a fundação da associação, criada em Outubro de 2019, foi a vontade de quatro amigos em encontrar o maior número de minis clássicos no país. O dirigente afirma ainda que o convívio e amizade que vão desenvolvendo é um complemento para a paixão que sentem pelos carros. Uma das outras facetas do grupo é envolverem-se com a causa solidária. Parte das receitas dos encontros e actividades que promovem é canalizada para instituições de solidariedade social.
A cidade de Alverca recebeu a 29 de Maio o nono Passeio Saloio de Minis Clássicos. O encontro juntou cerca de uma centena de pessoas e mais de três dezenas de carros clássicos. Os veículos percorreram as ruas da cidade e os participantes tiveram a oportunidade de visitar o Museu do Ar e o Palácio do Sobralinho. A nona edição trouxe à cidade pessoas vindas de vários pontos do país, nomeadamente dos concelhos de Mafra, Loures, Torres Vedras, Óbidos, Ourém, Montijo, Seixal, Almada, Palmela, Sintra e Odivelas. O carro mais antigo do encontro foi um Austin Mini Seven MKI de 1961.

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