Sociedade | 23-01-2022 15:00

Entre Azambuja e Golegã vão mais de 100 euros de distância na factura da água

Entre Azambuja e Golegã vão mais de 100 euros de distância na factura da água

DECO analisou as tarifas de água esgotos, saneamento e resíduos praticadas em todo o país e concluiu que há grandes disparidades no valor médio pago anualmente pelos consumidores. No distrito de Santarém, Ourém tem o valor mais alto, mas Azambuja, já no distrito de Lisboa, ainda está mais acima. Golegã é onde se paga menos na factura da água.

A DECO Proteste analisou as tarifas dos serviços de abastecimento de água, saneamento e resíduos sólidos urbanos incluídas nas facturas de água cobradas nos 308 municípios do país e verificou diferenças acentuadas de concelho para concelho, como aliás se verifica também no distrito de Santarém, com Ourém a ter o preço médio anual mais alto por 120 metros cúbicos (m3) de consumo (335,28 euros) e Golegã a ter o valor mais baixo (223,02 euros), ou seja, quase menos 10 euros mensais na factura.
Ainda na área de abrangência de O MIRANTE, mas já no distrito de Lisboa, os consumidores do concelho de Azambuja pagam em média, por ano, 359 euros na factura da água e em Vila Franca de Xira 308 euros. De referir também que Santarém, com um valor médio anual de 257,92 euros, é a terceira capital de distrito com a factura de água mais barata do país. Os valores mais baixos são os de Braga (256,30 euros/ano) e Évora (214 euros/ano).
Segundo a DECO Proteste, nos 21 concelhos do distrito de Santarém o preço médio anual por 120 m3 foi o seguinte: Abrantes – 327,48 euros; Alcanena – 284,05 euros; Almeirim – 271,12 euros; Alpiarça – 251,2 euros; Benavente – 277,13 euros; Cartaxo – 275,82 euros; Chamusca – 224,08 euros; Constância – 240,6 euros; Coruche – 294,7 euros; Entroncamento – 254,75 euros; Ferreira do Zêzere – 292,97 euros; Golegã – 223,02 euros; Mação – 292,97 euros; Ourém – 335,28 euros; Rio Maior – 291,2 euros; Salvaterra de Magos – 296,75 euros; Santarém – 257,92 euros; Sardoal – 292,97 euros; Tomar – 292,97 euros; Torres Novas – 281,62 euros; Vila Nova da Barquinha – 292,97 euros.
A organização de defesa do consumidor DECO alertou para as discrepâncias dos preços entre os 308 concelhos portugueses chamando a atenção para o facto de existirem diferenças de mais de 400 euros em termos anuais. A factura da água tem indexadas as tarifas dos serviços de abastecimento de água, de saneamento e de resíduos sólidos urbanos (RSU), estas duas últimas calculadas em função do consumo de água.

Lixo vai ser separado da água

A separação do cálculo da tarifa de resíduos em função do consumo da água, que a DECO reivindica desde 2017 com a iniciativa “Lixo não é água”, será obrigatoriamente implementada nos próximos 5 anos. A tarifa de resíduos deve ser aplicada em função da quantidade de resíduos recolhidos em cada município. O Decreto-Lei estabelece um horizonte temporal de cinco anos para a sua implementação.

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