Os serviços técnicos da Câmara de Vila Franca de Xira vão realizar um estudo sobre o estacionamento e a utilização do espaço público para que se perceba de que forma se pode melhorar o estacionamento no centro das cidades. À margem de um evento na cidade, o presidente do município explicou a O MIRANTE que está em curso um estudo nas cidades e vilas do concelho para perceber como é que se pode melhorar o estacionamento nas zonas mais complicadas e que é mais sentido em Vila Franca de Xira.
“Vamos fazê-lo com dois objectivos: compreender o estacionamento como forma de dinamização comercial e vida dos centros das cidades e encontrar mecanismos que tragam mais pessoas a consumir nos centros urbanos e possam facilitar a vida a quem é residente. A gestão do espaço público deve ser estudada para ser compreendida e bem utilizada”, defende.
Os estudos deverão ficar concluídos até ao final deste ano para que as decisões a tomar sejam implementadas em 2023 e 2024. O debate sobre o tema foi lançado na última semana pelo vereador David Pato Ferreira, da coligação PSD/PPM/MPT, na Câmara de Vila Franca de Xira. O autarca da oposição defendeu que o problema não se resolverá apenas com a criação exclusiva de dísticos de residente mas sobretudo com a criação de mais bolsas de estacionamento nas entradas e saídas das cidades, criação de zonas de estacionamento pago associados à criação de dísticos de residente e comerciante e uma fiscalização eficiente dos parquímetros. “É fundamental que seja definido um projecto piloto no centro de Vila Franca de Xira para avaliar os impactos e a estratégia a implementar”, defende.

Passe para moradores agrada a todos
Criar um passe para moradores que lhes permita estacionar sem pagar parquímetro é uma ideia que agrada a moradores e autarcas. Estacionar no centro de Vila Franca de Xira é uma dor de cabeça não apenas para os visitantes mas sobretudo para os moradores, que dificilmente conseguem um lugar perto de casa e muitas vezes sentem dificuldades quando precisam de carregar as compras do carro, por exemplo.
O presidente da junta de freguesia, João Santos (PS), considera que o problema é complexo mas que se poderia resolver com um novo passe para os residentes. No entanto, se houver um passe isso significará mais dificuldades para quem queira frequentar o comércio. “É uma solução que exigiria sempre alguma dificuldade para todas as partes mas creio que o passe seria a solução que traria mais benefícios para quem aqui vive. Desde que quem o tivesse o utilizasse com a maior responsabilidade cívica”, alerta.