Sociedade | 23-02-2022 12:00

Extensões de Saúde do Pego e Alvega já têm médica de família

Reforço de médicos pretende melhorar situação no concelho de Abrantes. Mouriscas passa a ter médica a partir de 1 de Março.

A Extensão de Saúde do Pego já tem médica de família às segundas, quintas e sextas-feiras. A mesma médica desloca-se à Extensão de Saúde de Alvega às quartas-feiras. A partir de 1 de Março a Extensão de Saúde de Mouriscas passa também a ter uma médica. A informação foi dada pelo presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Valamatos, em sessão camarária.
Como O MIRANTE tinha noticiado recentemente, no concelho de Abrantes existem cerca de oito mil utentes sem médico de família sendo que em todos os concelhos do Médio Tejo o número chega aos 40 mil utentes. O concelho de Abrantes tem-se confrontado nos últimos tempos com a aposentação de vários médicos de família, o que tem agravado a situação dos acessos aos cuidados de saúde.
Manuel Valamatos acrescenta que em Alvega a médica prestará serviço de oito horas. Menos duas horas do que prestava a médica anterior. O autarca explica que a médica que será colocada em Mouriscas não ficará a tempo inteiro pois também vai dar consultas em Alferrarede. O presidente da Câmara de Abrantes acrescenta que os utentes de Alvega, apesar de terem cuidados médicos um dia por semana, podem marcar consulta na Extensão de Saúde do Pego ou continuar a recorrer às consultas de recurso, que já voltaram a ser feitas através de telefone ou presencialmente.
O posto de saúde da União de Freguesias de Alvega e Concavada ficou sem médico no final de 2021 e Mouriscas no início de 2022 por aposentação do clínico que ali prestava serviço. A vereadora com o pelouro da Saúde, Raquel Olhicas (PS), que é enfermeira de profissão, já tinha alertado anteriormente que Abrantes – juntamente com Ourém e Torres Novas – é dos concelhos mais problemáticos a nível de falta de médicos na região do Médio Tejo.
Manuel Valamatos nunca escondeu a sua preocupação com a situação e sublinha que o município está a trabalhar, em conjunto com o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo e com o Ministério da Saúde, que é o responsável por estas situações, para encontrarem as melhores soluções para o concelho.
“É competência do Estado, neste caso do Ministério da Saúde, dar respostas na colocação de médicos de família e enfermeiros. Aos municípios compete acompanhar estas situações e pressionar os responsáveis. No âmbito da transferência de competências somos responsáveis apenas por cuidar das infra-estruturas. Queremos colaborar e ajudar em termos de infra-estruturas e equipamentos. É nossa intenção continuar a trabalhar com o ACES e construir novas Unidades de Saúde Familiar”, esclareceu o autarca em reunião do executivo municipal.

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