Sociedade | 20-07-2022 18:00

Falta de espaço dificulta solução para legalizar o Cegada

Fernando Paulo Ferreira

Presidente do município garante que não descansará enquanto não conseguir resolver o problema da legalização do teatro onde funciona a companhia Cegada. Arquitectos estão a tentar arranjar solução para a falta de espaço.

A falta de espaço no Parque 25 de Abril, no centro de Alverca, onde está implantado o Teatro Estúdio Ildefonso Valério (TEIV), casa da companhia de teatro Cegada, é o grande desafio que a câmara municipal tem pela frente no longo processo de legalização e ampliação do espaço.
O lamento foi deixado pelo presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Fernando Paulo Ferreira, na última assembleia municipal, onde foi questionado pela oposição sobre o ponto de situação da legalização do teatro. A maior dificuldade encontrada pelos técnicos na nova solução em estudo é como arranjar espaço naquele local para alargar as instalações de forma a cumprir com as novas normas em vigor. “Estamos a analisar como alargar o espaço destinado ao teatro e aos bastidores, entre outras áreas que são necessárias, tendo em conta a exiguidade da praça onde o teatro está. Há um desafio arquitectónico que estamos a ultrapassar”, assegura o autarca.
Recorde-se que ainda está em fase de elaboração o estudo prévio que permitirá legalizar o teatro e licenciar a actividade onde funciona o Cegada. O edifício está envolvido num imbróglio desde que foi construído sem licença logo após a revolução de 25 de Abril de 1974. Para o espaço poder continuar a funcionar como sala de espectáculos aberta ao público e permitir que o Cegada obtenha apoios da Direcção-Geral das Artes precisa de obras. O terreno onde se encontra localizado o teatro integra o domínio público municipal, sendo que toda a área do edifício – que inclui também uma cafetaria, outras instalações associativas e um espaço de apoio à limpeza e higiene urbana – é gerido pela União de Freguesias de Alverca do Ribatejo e Sobralinho, que já se mostrou disponível para ceder o imóvel à câmara se necessário.
Para que possa ser legalizado o imóvel e licenciada a criação e apresentação de espectáculos teatrais é preciso desafectar o terreno do domínio público municipal e integrá-lo no domínio privado municipal, implicando para isso a elaboração de um estudo prévio e de um projecto.
Numa recente acção inspectiva ao imóvel, feita pela Inspeção-Geral das Actividades Culturais (IGAC), foram detectadas irregularidades que precisam de ser alvo de melhoria. Entre elas estão a necessidade de serem criados espaços de acessibilidade diversificada aos camarins e promover uma separação entre os adereços e material de cenografia do resto do palco e dos locais onde se encontra o público. Terá ficado acordado, após essa inspecção, o município promover um projecto de intervenção para o local para ser submetido a apreciação do IGAC antes das obras avançarem.

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