Sociedade | 04-07-2022 10:00

Filarmónica Recreio Alverquense é um exemplo na mobilização jovem

A SFRA de Alverca está a celebrar 148 anos com novos músicos na linha da frente

Cativar jovens tem sido um dos grandes desafios da actual direcção da Sociedade Filarmónica Recreio Alverquense. Com 148 anos de vida a associação quer continuar a ser uma referência na formação de jovens e no desenvolvimento cultural do concelho.

A Sociedade Filarmónica Recreio Alverquense (SFRA) completa em 2022, 148 anos de histórias como por exemplo, a participação da banda no filme português “A aldeia da roupa branca”, um longa-metragem de 1939 que contou com a participação da actriz Beatriz Costa. A direcção da colectividade explica que tem como missão trabalhar diariamente para criar oferta formativa para os mais jovens e para ser uma referência no desenvolvimento cultural do concelho de Vila Franca de Xira.
Com projectos novos Luís Dias, vice-presidente para a área musical, refere que a concretização da Casa do Músico, inaugurada a 25 de Abril, foi uma grande conquista uma vez que associa a música e a cultura num só espaço que também pretende ser uma atracção turística. O dirigente desabafa a O MIRANTE que o grande desafio da associação tem sido cativar os mais novos. Ainda assim, a Escola de Música da SFRA, fundada há 20 anos, tem sido um projecto vencedor que já chegou a ter mais de meia centena de alunos inscritos. Actualmente, devido à pandemia, o número de inscritos diminuiu para 29, mas a intenção é trabalhar para recuperar até ao final do ano.

Ligar pessoas através da música
Hélder Coelho é músico, militar e maestro na banda filarmónica da SFRA há 14 anos. Nasceu em Lousada numa família de músicos, estudou música na Artave e entrou na Banda da Armada Portuguesa como trompetista em 2000. A sua experiência como maestro começou quando tinha apenas 21 anos. “Um bom maestro tem que ser bom líder e condutor de homens. É preciso ser tolerante e saber escutar todas as opiniões. No final, é tentar arranjar um consenso para que o caminho seja feito em conjunto”, explica.
Ana Noronha, estudante de Psicologia, tem 20 anos e toca clarinete e violino na banda desde 2016. A música, diz, é uma forma de expressar os sentimentos e de se conectar com outras pessoas. Costuma ensaiar em casa pelo menos uma hora por dia. Nos últimos tempos, para além da música, tem experimentado as artes plásticas, com a pintura de alguns quadros. Também tem realizado voluntariado numa iniciativa de estudantes de psicologia a nível europeu que ajuda a sensibilizar as pessoas para os problemas relacionados com a saúde mental.
Carlos Frazão é carteiro em Alverca há 23 anos e toca na banda desde 1986 sendo o elemento mais antigo da filarmónica. Toca saxo soprano e não hesita em afirmar que fazer parte do grupo é das maiores alegrias que tem. Para além da música, Carlos Frazão é apaixonado pela literatura nacional e por viagens.

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