Sociedade | 13-04-2022 15:00

“Fiquei surpreendida com tanto amor e ajuda que deram à minha filha”

Vera Pires não escondeu a surpresa e emoção com a solidariedade e vontade das pessoas em ajudarem a sua filha, Sofia, a ser operada

Vera Pires não esperava uma onda de solidariedade tão grande e agradece a todos os que contribuíram para que a filha Sofia pudesse ser operada de urgência e salvar o rim direito.

Uma senhora de Mafra, de 94 anos, ligou para o quartel dos Bombeiros Voluntários de Santarém, para falar com José Martins, o pai da pequena Sofia, porque fazia questão de ajudar a menina de sete anos mas queria conhecê-la. A família deslocou-se a Mafra e a idosa ficou encantada com a menina. “A senhora disse-nos que tudo o que fosse preciso para a Sofia que podíamos contar com ela. Fiquei surpreendida com tanto amor que tanta gente deu à minha filha”, confessa a mãe de Sofia, Vera Pires, em jeito de agradecimento.
Essa foi uma de muitas pessoas que quiseram contribuir para que Sofia pudesse ser operada o mais rapidamente possível. Um leitor de O MIRANTE, emigrante na Suíça há muitos anos, telefonou para o jornal a informar que dava o dinheiro que faltava para completar o valor da cirurgia, na altura cerca de dois mil euros. Vera Pires pediu ajuda a O MIRANTE para divulgar a história de Sofia e menos de 24 horas depois da notícia ter sido publicada no site online conseguiu-se o valor necessário: quatro mil euros.
A operação realizou-se a 11 de Março. Dois dias depois a menina regressou ao hospital para exames pós-operatórios e, segundo o médico, a cirurgia correu muito bem. “Dia 11 de Abril regressamos ao hospital. Se o implante que colocaram não tiver saído do local e estiver tudo normal a Sofia pode voltar à vida normal. Só terá que fazer novos exames três meses depois. Vai ter que fazer antibiótico até aos próximos exames”, explica Vera Pires a O MIRANTE.
Vera Pires recorda o dia em que o médico lhe perguntou se marcavam a cirurgia. Como era urgente para melhorar a saúde da sua filha disse que sim sem pensar em valores. “Como é um hospital privado tudo se paga mas nunca achei que fosse tão caro. Quando vi o email com o orçamento só chorava, não conseguia fazer mais nada”, recorda.
Três anos sem detectar
origem de infecção urinária
Vera Rodrigues Pires e José Martins, que vivem em Santarém, viram-se obrigados a recorrer ao hospital privado depois de terem andado nos últimos três anos com a filha, Sofia, em médicos por causa de uma infecção urinária provocada por uma bactéria. Desde os três anos de idade que Sofia se queixava com dores mas como tinha acabado de entrar para a creche os pais não se preocuparam.
Quando a menina começou a ter infecções urinárias frequentemente Vera Rodrigues Pires e José Martins levaram a filha ao hospital. Começou por tomar antibióticos para parar a infecção mas não era eficaz. Um ano depois das infecções terem começado Sofia teve febre e foi internada durante dois dias. “A única coisa que faziam no hospital era exames para saber como estava a infecção. Nunca detectaram a origem”, contou Vera Pires a O MIRANTE.
Em 2021, depois de três anos na mesma situação e sem notarem melhorias na saúde da filha, Vera e José resolveram ir ao hospital particular. Foi lá que lhe detectaram cicatrizes no rim direito que podiam levar a que deixasse de funcionar. Os pais de Sofia nunca esconderam a angústia e lutaram contra o tempo para conseguir o dinheiro que permitiu à filha fazer a operação num hospital privado.

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