Sociedade | 01-03-2022 16:24

Galeria de Fotos. Longe da guerra comunidade ucraniana da região não baixa os braços 

Galeria de Fotos. Longe da guerra comunidade ucraniana da região não baixa os braços 

Famílias ucranianas em Santarém uniram-se para responder da forma possível aos apelos provocados pela invasão russa à Ucrânia. Uma onda solidária que se replicou por todo o distrito. Cinco camiões cheios de mantimentos e outros bens partem esta terça-feira, 1 de Março, de Samora Correia em direcção à Ucrânia. Por cá, a comunidade vai continuar a apoiar quem ficou a trabalhar e lutar pelo seu país.

Olena Brigida não dorme desde o dia em que o seu país de origem acordou numa guerra. Toda a sua família, à excepção do marido e filha, está na Ucrânia. Os homens impedidos de deixar o país juntaram-se às forças ucranianas, as mulheres tentam escapar com os filhos pela mão. Cabe a Olena ajudar a indicar o caminho para a fronteira mais próxima. “Toda a noite a minha família telefona a pedir ajuda para ver no mapa onde estão. Tenho tias, sobrinhas, crianças e um bebé de quatro meses que estão há quatro dias na rua, ao frio, sem comida, nem dinheiro porque a fila de carros para a Polónia tem uns 20 quilómetros”, conta.

A cabeleireira residente em Santarém foi uma das dezenas de pessoas da comunidade ucraniana que se voluntariou para ajudar à recolha de bens na cidade, que ajudou a encher cinco camiões que partem esta terça-feira, 1 de Março, de Samora Correia para a Ucrânia. Na onda solidária estiveram envolvidos também portugueses e imigrantes de várias partes do mundo, incluindo de zonas separatistas pró-Rússia na Ucrânia. Nos cinco camiões seguiram toneladas de medicamentos, produtos de higiene, alimentos não perecíveis e roupas quentes. Mas é preciso fazer muito mais, alerta Tetiana Tarnavska, uma das responsáveis pela coordenação dos pontos de recolha na cidade e que tiveram como ponto principal a antiga Escola Prática de Cavalaria.

“Temos muitos familiares que querem vir para cá, que já passaram a fronteira da Polónia mas que não têm meios para continuar. Estamos a falar de centenas de pessoas que precisam de um transporte”, explica, acrescentando que a comunidade ucraniana já entrou em conversações com a Câmara de Santarém para a cedência de um autocarro que viaje até à Polónia, o que ainda não foi conseguido.

*Reportagem completa na edição semanal de O MIRANTE

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