Galeria de Fotos. Uso Eficiente da Água na Cultura do Milho foi tema de acção na Quinta da Cholda
O aumento dos períodos de seca e o aumento das temperaturas máximas e mínimas, é motivo suficiente para gerar grande preocupação para toda a comunidade
Foi na Quinta da Cholda, fundada no início do século XX, que decorreu a Acção Dia de Campo subordinada ao tema “O Uso Eficiente da Água na Cultura do Milho; Rega por Aspersão (Pivot), no âmbito do programa AQUACER, com o financiamento da Fundação Calouste Gulbenkian, esta quarta-feira, 29 de Junho. As Boas Vindas foram dadas pela ANPROMIS (Associação Nacional dos Produtores de Milho e Sogro) e Vanda Pires, do IPMA, prosseguiu a exposição da evolução do clima, em Portugal e noutras zonas do mundo, como nos EUA, nos últimos anos, assim como as previsões para as próximas décadas. Previsões essas que consideram duas vertentes: uma com a influência da redução das emissões de carbono e outra sem. Em ambos os casos, o aumento dos períodos de seca e o aumento das temperaturas máximas e mínimas, é motivo suficiente para gerar grande preocupação para toda a comunidade, em particular a agrícola, que vê o futuro cada vez mais comprometido se não for entretanto reunindo condições para contornar o problema.
O anfitrião, responsável pela quinta situada na Azinhaga, concelho da Golegã, ilustrou bem a importância do investimento na articulação dos recursos tecnológicos como ferramenta essencial. Destacou as valências disponíveis e a necessidade de serem utilizadas em complementaridade. Colocou ainda o acento tónico na programação da rega e na optimização da leitura de dados dando vários exemplos de como o ajuste permanente pode traduzir-se numa maior sustentabilidade e como os recursos tecnológicos podem e devem ser um aliado quando bem utilizados, libertando o agricultor para investir nas outras frentes que compõe a sua tarefa, ao invés de serem utilizados de forma ineficaz, tornando-se mais um problema.
Numa demonstração no campo, das possibilidades de utilização de dados recolhidos por drone, em tempo real, assistiu-se à instalação de sonda e, mais uma vez, da multiplicidade de opções de tratamento de dados que cada imagem recolhida proporciona, desde a saúde das plantas, à uniformidade do crescimento das mesmas, até à instalação de “alarmes” em zonas específicas que permitem ao agricultor monitorizar com mais eficácia cada item que pode contribuir para uma maior eficiência energética, produtiva e económica.
O evento terminou com uma recepção informal no jardim da quinta e foi notório o entusiasmo dos convivas e a troca de experiências e opiniões, sempre muito participadas por João Coimbra. Incansável, procurou em todos os contactos transmitir a confiança num futuro que já começou. Ficou bem patente a permanente curiosidade e empenho que tem estado na origem de um percurso que permite à família orgulhar-se.
Em 23 anos, no período de 1988 até 2011, esta política permitiu um aumento da produtividade da água em 335%. Por ano, a Quinta da Chola produz para o país 30 minutos de energia. Iniciativa aplaudida pelo conjunto dos participantes e que permitiu fazer nascer novas iniciativas e projectos entre os operadores das diversas áreas a operar no mercado com um objectivo comum: tornar o futuro cada vez mais possível. Esta Quinta Florestal está comprometida com o desenvolvimento da Agricultura de Precisão promovendo a tecnologia e a biodiversidade.