Hotel Quinta das Pratas no Cartaxo está em leilão
Unidade hoteleira, encerrada em Maio numa acção do administrador judicial, que despejou uma entidade que estava a explorar o espaço sem ter autorização para tal, está agora à venda para pagar as dívidas aos credores da empresa que detinha o direito de superfície do imóvel e que entrou em insolvência em 2014. A venda por leilão electrónico vai decorrer até 26 de Outubro.
O direito de superfície do Hotel da Quinta das Pratas, no Cartaxo, vai ser vendido em leilão por 2,1 milhões de euros na sequência da insolvência da empresa que detinha a propriedade, a Oliveira & Baião Hotelaria e Turismo. O edifício de três pisos tem 30 quartos e uma área total de quatro mil metros quadrados. A venda, que surge depois de o administrador de insolvência ter tomado posse do imóvel, decorre na modalidade de leilão electrónico (via online) até 26 de Outubro, mas os interessados podem visitar o espaço mediante marcação prévia.
A venda está condicionada ao facto de o comprador estar obrigado a manter o imóvel como unidade hoteleira não podendo reconvertê-lo para outra actividade, sob pena de a câmara municipal accionar a reversão do direito de superfície de 70 anos, que se iniciou em 1998, sendo válido ainda por 46 anos, ou seja, até 2068. O município também tem o direito de preferência sobe o edifício mas está empenhado em que a venda se faça para que possa retomar a actividade hoteleira, já que é o único hotel do concelho.
A venda inclui o recheio existente no espaço, bem como uma viatura, e não serão feitas vendas de bens em separado. O administrador judicial, Wilson Mendes, contactado por O MIRANTE, refere que já recebeu alguns contactos de potenciais interessados na aquisição do direito de superfície do hotel.
Em Maio o administrador de insolvência, acompanhado por elementos da PSP, Segurança Social e serviços sociais da Câmara do Cartaxo, desenvolveu uma acção de tomada de posse do imóvel em virtude de os representantes legais da empresa que estava a explorar o estabelecimento não terem cumprido a notificação para entregarem voluntariamente o espaço. A empresa Oliveira e Baião Hotelaria e Turismo, Lda, que explorava a unidade, foi declarada insolvente em 2014 e o estabelecimento estava a ser gerido por outra entidade, estranha à massa insolvente, e a quem não foi reconhecida judicialmente qualquer legitimidade para o fazer.
Na altura da tomada de posse, o presidente da câmara, João Heitor, em declarações a O MIRANTE, lamentou a situação em que se encontra o Hotel da Quinta das Pratas sublinhando que o funcionamento da unidade é uma das maiores necessidades do concelho.