Idosos assaltados por falsas funcionárias do Centro de Saúde da Chamusca
Duas mulheres, na casa dos 30 e 40 anos, assaltaram um casal de idosos, na freguesia do Pinheiro Grande, fazendo-se passar por funcionárias do Centro de Saúde da Chamusca. Afirmaram que estavam de visita para fazer o levantamento da medicação, mas acabaram por usar um spray atordoador e roubaram algumas dezenas de euros.
Não é a primeira vez na região, no espaço de dois ou três meses, que duas mulheres se fazem passar por funcionárias de um centro de saúde para entrar em casa de idosos e roubarem dinheiro e materiais de valor. Depois de terem actuado em alguns concelhos do Médio Tejo, as suspeitas, com idades entre os 30 e 40 anos, assaltaram um casal de idosos na freguesia do Pinheiro Grande.
As informações foram dadas a O MIRANTE por Gisela Matias, vereadora na Câmara Municipal da Chamusca, e amiga próxima da filha do casal, que preferiu não contar a história na primeira pessoa. Segundo a autarca, o episódio aconteceu há cerca de duas semanas e resultou no roubo de algumas dezenas de euros que estavam guardados no quarto do casal. Gisela Matias afirma que este episódio já se repetiu outras vezes nos concelhos mais a norte da região, nomeadamente em Abrantes.
As mulheres bateram à porta de casa, vestidas de bata branca, e identificaram-se como sendo funcionárias do Centro de Saúde da Chamusca. Disseram que andavam a visitar pessoas para fazer um levantamento da medicação e perceber se estavam aptos para tomar mais uma dose da vacina contra a Covid-19. O casal deixou-as entrar e passado alguns minutos começaram a usar um spray afirmando que estavam a desinfectar o espaço. Os dois idosos começaram a sentir-se atordoados e perderam os sentidos, situação que terá demorado alguns minutos. Quando acordaram foram ao quarto e viram que estava “voltado do avesso” e que tinham ficado sem uma pequena poupança de algumas dezenas de euros.
O casal de idosos não fez queixa às autoridades por considerarem que só iam meter-se em mais problemas. Fonte da Guarda Nacional Republicana (GNR) confirma a O MIRANTE que não foi realizada qualquer queixa formal e que, sendo assim, não podem actuar. Gisela Matias levou o assunto para a última sessão camarária, que se realizou a 7 de Junho, por considerar importante dar o alerta para prevenir outras pessoas mais desprevenidas.