Sociedade | 24-05-2022 10:00

Imprudência a atravessar passadeiras também contribui para aumentar acidentes na estrada

A fraca visibilidade e falta de iluminação, associado ao excesso de velocidade, são factores que podem ajudar a explicar muitos dos atropelamentos que se continuam a registar no distrito de Santarém

Delegação de Santarém da Ordem dos Engenheiros organizou uma noite temática para sensibilizar para a problemática da mobilidade moderna. Foram discutidos temas como a sinistralidade, os atropelamentos e medidas de acalmia de tráfego.

Nos primeiros quatro meses de 2022, na área da PSP no distrito de Santarém, registaram-se 25 atropelamentos, número idêntico a 2019, ano em que no total se registaram 70 atropelamentos nas sete cidades policiadas por esta força de segurança. Os dados foram transmitidos por Ismael Carvalho, comandante da Esquadra de Trânsito de Santarém da PSP, durante um debate de Delegação de Santarém da Ordem dos Engenheiros sobre sinistralidade e atropelamentos e que medidas de prevenção devem ser tomadas para a acalmia de tráfego.
Dos 455 acidentes registados até Abril deste ano 333 foram devido a colisão e 68 por despiste. Nos 25 atropelamentos uma pessoa ficou em estado grave. A única morte por atropelamento foi registada em 2018. O subcomissário Ismael Carvalho alerta que as principais causas para os acidentes de viação são a distracção e a velocidade excessiva. No entanto, a fraca visibilidade e a iluminação insuficientes também são factores a ter em conta. Mas nem sempre são os automobilistas que têm a culpa, já que, salienta o operacional, existe mais imprudência dos peões na altura de atravessar a estrada, factor que aumenta o risco de atropelamento.
O comandante do Destacamento Territorial de Santarém da GNR, João Romano, enunciou algumas das zonas mais susceptíveis de acontecerem atropelamentos na região. Tramagal e Bemposta, no concelho de Abrantes, são dois pontos negros na região. Em Benavente, o cruzamento da Avenida O Século com a Rua Popular e a Avenida Egas Moniz, é o de maior risco neste concelho. Em Rio Maior, são as duas avenidas principais da cidade; em Tomar, nas estradas do centro da cidade e nas localidades de Calçadas e Carvalhos de Figueiredo. Em Alcanena a Avenina Marquês de Pombal é a mais complicada e em Riachos (Torres Novas) o Largo Manuel Serôdio é outro ponto negro. A zona da Ponte da Chamusca também figura na lista.
Ordem dos Engenheiros mais próxima da população
A iniciativa decorreu na noite de quinta-feira, 12 de Maio, e contou com a participação de forças de segurança, engenheiros e autarcas. João Carvalho, delegado da Ordem dos Engenheiros, referiu, no discurso inicial, que a entidade tem tido a preocupação de falar em temas importantes para a vida em sociedade. “A engenharia não está num mundo à parte. Neste caso, são necessárias boas ideias e evoluir para encontrar soluções de mobilidade cada vez mais seguras, mais rápidas no escoamento e também mais eficientes, através de regras bem definidas de co-existência de infra-estruturas pedonais, cicláveis e distribuição de tráfego”, disse.

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