Indústria de celulose polui Tejo em Constância
Análises químicas às águas residuais que descarregavam no meio do Tejo demonstraram que afinal não se tratava de esgotos domésticos da vila e que os parâmetros apresentados são consistentes com a indústria de celulose.
Os esgotos sem tratamento que em meados de Junho estavam a ser descarregados no meio do rio Tejo em frente à vila de Constância eram de natureza industrial e a sua composição química consistente com a indústria de celulose, segundo análises laboratoriais que dois cidadãos de Constância mandaram fazer após terem recolhido amostras.
Segundo o relatório das análises químicas, a que O MIRANTE teve acesso, “O facto de existir na amostra um forte cheiro a enxofre, a cor que apresenta, bem como as concentrações de sulfato e sulfito, indica que esta amostra é proveniente de uma descarga de águas residuais cujo processo utiliza compostos de enxofre, como por exemplo os utilizados no cozimento da madeira das companhias de celulose”. E indústrias de celulose por ali só há uma: a fábrica da Caima.
*Notícia desenvolvida na edição semanal em papel desta quinta-feira, 4 de Agosto