Instituições de solidariedade já estavam no limite antes da pandemia
Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Pernes, Manuel Maia Frazão retrata a O MIRANTE as dificuldades vividas neste tempo de pandemia.
O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Pernes, Manuel Maia Frazão, diz que “a pandemia pôs a nu uma série de fragilidades” das entidades do sector social “que se já se encontravam no limite”, admitindo que a situação financeira da instituição que dirige atravessa momentos difíceis. O dirigente refere que os valores transferidos pela Segurança Social, ao abrigo do pacto de cooperação existente, foram reduzindo durante o período pandémico, tendo sido restabelecidos apenas em Dezembro último.
Refira-se que a Segurança Social cobre 50% dos custos de cada utente da instituição, sendo a outra metade suportada pelo utente, mas o custo dos materiais de protecção individual, necessários para manter a segurança de utentes e colaboradores, é garantido pela instituição e tem sido bastante alto, o que coloca em causa a sustentabilidade do serviço prestado.
O provedor espera que, no futuro as contas, voltem a equilibrar para que a Santa Casa de Pernes continue a apoiar quem necessita porque, nas palavras de Manuel Maia Frazão, “todos precisam de um tecto, de um prato com comida, de uma cama e de um banho”.