Sociedade | 16-01-2022 15:00

Insultos azedam relação entre presidente da Câmara de Azambuja e vereadora do Chega

Insultos azedam relação entre presidente da Câmara de Azambuja e vereadora do Chega

“Arrogante, presunçosa e ditadora” foram as palavras usadas por Inês Louro para classificar a postura do presidente do município. Silvino Lúcio retribuiu os adjectivos que “assentam que nem uma luva” à vereadora, sua ex-camarada de partido. O presidente da Câmara de Azambuja, Silvino Lúcio, e a vereadora do Chega, Inês Louro, envolveram-se na última reunião…

“Arrogante, presunçosa e ditadora” foram as palavras usadas por Inês Louro para classificar a postura do presidente do município. Silvino Lúcio retribuiu os adjectivos que “assentam que nem uma luva” à vereadora, sua ex-camarada de partido.

O presidente da Câmara de Azambuja, Silvino Lúcio, e a vereadora do Chega, Inês Louro, envolveram-se na última reunião do executivo municipal numa troca de insultos na sequência da apresentação e discussão de uma proposta para alteração do regimento das reuniões de câmara em vigor no actual mandato.
Inês Louro, que foi militante e presidente da Junta de Azambuja pelo Partido Socialista antes de se mudar para o Chega, criticou a postura “arrogante, presunçosa e ditadora” com que o socialista Silvino Lúcio se apresentou numa reunião privada do executivo, para discussão do mesmo assunto. Disse ainda que para reuniões dessas e “em horário de expediente” escusam de a voltar a convocar, já que não se tratou de “nenhuma reunião de trabalho”.  
O líder da autarquia não gostou e retribuiu os mimos à vereadora: “Foi arrogante quando foi presidente de junta. Todos esses adjectivos encaixam que nem uma luva na sua pessoa”. No decorrer dessa reunião privada, que tinha como objectivo afinar o regimento e gerar consenso, o vereador do PSD, Rui Corça, fez saber que abandonou os trabalhos por Silvino Lúcio se ter mostrado irredutível e indisponível para ouvir e debater as ideias dos social-democratas.

PSD e Chega dão voto favorável à segunda proposta do regimento

Esta foi a segunda proposta de regimento das reuniões de câmara apresentada no actual mandato, depois de a primeira ter sido aprovada pelo PS e CDU, com os votos contra do Chega e PSD e ter motivado críticas de munícipes que assistem regularmente às sessões.
A vereadora do Chega, apesar de ter votado favoravelmente a nova proposta, considerou que o novo regimento continua a impedir que grande parte do público possa assistir e colocar as suas questões e a limitar a actividade profissional dos vereadores da oposição uma vez que estipula que as reuniões se realizem em horário laboral. Inês Louro sublinhou ainda que em mandatos anteriores quando as reuniões descentralizadas se realizavam após as 17h30 tinham “casa cheia com regularidade”.
Também os dois vereadores do PSD optaram por votar favoravelmente por considerarem que esta segunda proposta contempla algumas das alterações com as quais concordam e propuseram. No entanto, declarou Rui Corça, as alterações estão longe de ser as ideais por continuarem a limitar a participação do público e, por esse motivo, o PSD vai apresentar uma nova proposta na próxima reunião camarária.
De acordo com o documento que define as normas que regulam a realização das reuniões de câmara as reuniões públicas vão continuar a ser transmitidas online e a gravação ficará disponível no sítio do município na Internet. O público vai dispor de 60 minutos no início da reunião para intervir e, excepcionalmente, poderão ser concedidos mais 15 minutos após a ordem do dia, para cidadãos que não tenham estado presentes no primeiro período. Com esta nova alteração a inscrição dos interessados passa a não exigir antecedência podendo ser feita no início da própria sessão.

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