Sociedade | 08-06-2022 12:00

Investidor australiano quer transformar buraco num hotel em Vila Chã de Ourique

Construção do hotel não passou das escavações e o enorme buraco está no centro de Vila Chã de Ourique há mais de uma década

Escavação do tamanho de um campo de futebol é o que sobrou de um projecto imobiliário que abortou há cerca de uma década. Agora há a esperança de eliminar aquela mancha na paisagem e criar ali um empreendimento turístico.

A enorme cratera existente há mais de uma década no centro de Vila Chã de Ourique, para onde esteve prevista a construção de um hotel que ficou pelos caboucos, continua a manchar a paisagem mas há perspectivas que esse cenário possa melhorar nos próximos anos. Isto caso se concretizem as intenções de um investidor australiano que comprou a Quinta do Vale de Algares, que inclui também essas infra-estruturas inacabadas em Vila Chã de Ourique, que terá demonstrado vontade de reabilitar o espaço e transformá-lo numa unidade hoteleira, segundo disse a O MIRANTE o vice-presidente da Câmara do Cartaxo, Pedro Reis.
Em Dezembro de 2013 O MIRANTE contava a história desse empreendimento mal sucedido que resultou num enorme buraco com uma área semelhante à de um campo de futebol. O então vereador do PSD, Vasco Cunha, ironizava dizendo que era o segundo maior buraco do concelho do Cartaxo, a seguir às contas da câmara. A empresa promotora do investimento, Quatro Âncoras, estava então em grandes dificuldades, tendo requerido a insolvência depois de passar por um Processo Especial de Revitalização.
Em 2011 essa mesma empresa de investimentos imobiliários, turísticos e agrícolas entregara um processo de licenciamento na Câmara do Cartaxo. O projecto de arquitectura foi aprovado em 2012. Entretanto avançaram as escavações no local mas a Quatro Âncoras nunca apresentou os projectos de especialidade. O que levou o município, no Verão de 2013, a aprovar a caducidade do processo de arquitectura por já se terem esgotado os prazos legais. A Divisão de Urbanismo do município notificou a empresa para exercer o seu direito de audiência prévia em Agosto de 2013 mas não recebeu resposta.
Dois meses depois foi requerida a insolvência no Tribunal do Cartaxo. Entre os credores estavam bancos, Finanças, Segurança Social, uma empresa de engenharia e consultoria, entre outras. O terreno acabou por ficar na posse de um banco, que entretanto o vendeu a um investidor australiano que ali pretende criar uma unidade hoteleira.

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