Sociedade | 23-02-2022 10:49

Já há esboço para o Museu de Abril e dos Valores Universais em Santarém

Já há esboço para o Museu de Abril e dos Valores Universais em Santarém

Projecto municipal vai nascer nas instalações da antiga Escola Prática de Cavalaria, mas não vai estar pronto a tempo dos 50 anos da Revolução dos Cravos.

A Câmara de Santarém aprovou a contratação do projecto de execução do futuro Museu de Abril e dos Valores Universais (MAVU), previsto para a antiga Escola Prática de Cavalaria, ao X-Atelier, vencedor do concurso público promovido pelo município.

A proposta de arquitectura aprovada na reunião do executivo municipal de 21 de Fevereiro vai ser agora alvo de alguns “ajustamentos” para acolher contributos, nomeadamente da Ordem dos Arquitectos e da Direcção-Geral do Património Cultural, que participaram no júri constituído aquando da abertura do concurso, em Junho de 2021.

A construir na antiga Escola Prática de Cavalaria (EPC), na parada de onde partiu a coluna liderada por Salgueiro Maia na madrugada da Revolução de 25 de Abril de 1974, o projecto prevê a construção do MAVU entre a Torre da Trindade e a Porta de Armas, ficando virado para o Jardim da República e o Convento de São Francisco.

O júri considerou que o projecto, o melhor classificado de entre os sete concorrentes admitidos, apresenta um enquadramento “harmonioso” com a envolvente, com “boa articulação e desenho dos espaços públicos” e na ligação entre os vários edifícios, colocando em “contraponto a nova intervenção com os edifícios existentes”, além da “clareza dos espaços da exposição permanente”.

O presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves, afirmou que este é o primeiro passo “mais visível e concreto” para um projecto que ambicionou inaugurar em 2024, por ocasião das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, mas que espera poder estar em andamento nessa altura.

Com uma estimativa de custos a rondar os 7,4 milhões de euros, o autarca social-democrata salientou que este é um projecto de âmbito nacional, esperando encontrar nas várias entidades a “sensibilidade” para que venha a beneficiar de apoios comunitários, até pela temática que vem destacar, da defesa do Bem Comum, da Democracia, da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, “tão necessária” num tempo em que se fala de uma nova guerra.

A proposta foi aprovada por maioria, com oito votos do PSD e do PS e a abstenção do vereador do Chega, que questionou sobre as implicações de o município não estar a pagar o valor acordado em 2009 com a Estamo para aquisição do antigo quartel militar. Ricardo Gonçalves insiste que o valor então acordado, de 16 milhões de euros, é lesivo para o município, recordando que o executivo encetou um processo de negociação com a Estamo e o Governo, que a dívida está registada nas contas do município e que este detém a posse do imóvel.

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