Ser palhaço é muito mais que pintar a cara e fazer rir os outros. Há uma constante interacção com o público e muita pedagogia com as crianças que temem a figura. Luís Sequeira, que usa o nome artístico de Palhatiko quando actua, aborda esses casos cuidadosamente. “Falo com os pais para não abandonarem os recintos com os filhos que têm medo de palhaços. Vou tentando aproximar-me, com pequenos sinais, até que eles se soltam e superam o medo”, explica o artista de 43 anos, natural de Rio Maior.
Além de ser figura no palco, Luís Sequeira é o anfitrião do PalhaçArte – Encontro de Palhaços e Artes do Circo de Rio Maior. A 6ª edição está a decorrer entre 1 e 5 de Junho, com entradas livres, no jardim municipal da cidade. Na vida fora dos palcos Luís Sequeira gere as vendas online de uma retrosaria nas Caldas da Rainha. Tem dois filhos e duas enteadas e sobre a mulher diz ser “braço direito, braço esquerdo, perna direita, perna esquerda”, contando com ela para todas as missões da vida.
São já 18 anos de carreira a tornar os dias inesquecíveis para as crianças fazendo diversos tipos de palhaçadas, improvisos e até números de magia elaborados. Luís Sequeira conjuga várias artes e aprende a lidar com situações inesperadas sem nunca se desconcertar. O percurso que tem feito levou-o a cumprir um sonho em Dezembro do ano passado: foi convidado como cabeça de cartaz pelo Circo Mundial Mariani, que actuou em Gaia, no norte do país.