Sociedade | 04-07-2022 21:00

Médica regressa às extensões de saúde<br>de Alcorochel e Parceiros de Igreja

População reuniu-se em protesto contra a falta de médicos nas extensões de saúde de Alcorochel e Parceiros de Igreja, no concelho de Torres Novas

População reuniu-se em protesto em Riachos contra a falta de médicos nas extensões de saúde de Alcorochel e Parceiros de Igreja. Directora do ACES Médio Tejo garantiu que a partir de 4 de Julho a médica Raquel Dedilha vai regressar às funções que já desempenhou anteriormente.

Se não surgir qualquer imprevisto as extensões de saúde de Alcorochel e Parceiros de Igreja, no concelho de Torres Novas, vão voltar a ter médico de família a partir de 4 de Julho. A médica Raquel Dedilha, que já esteve afecta àquelas extensões de saúde, mas que se encontrava ausente do serviço, vai regressar às funções a partir da próxima segunda-feira. A informação foi dada pela directora executiva do ACES Médio Tejo, Diana Leiria, durante um protesto da população face à falta de médicos de família, em frente ao Centro de Saúde dos Riachos, na tarde de 23 de Junho.
Recorde-se que esteve prevista a contratação de um médico, no final de Maio, com o apoio da Câmara de Torres Novas, para servir as populações dessas duas freguesias, mas o clínico acabou por desistir do lugar em cima da hora sob pretexto de lhe ter sido oferecido um contrato na zona do Porto, onde o profissional residia.
A população queixa-se que os médicos têm passado intermitentemente pelas extensões de saúde desde há, pelo menos, dois anos e que a situação se tem tornado incomportável especialmente para a população mais idosa. Luís Jeremias, um dos organizadores do protesto, explicou a O MIRANTE que quem toma medicação todos os dias vê-se a braços com muitas dificuldades para obter receitas, recorrendo muitas vezes ao Centro de Saúde de Riachos para obter o receituário necessário para adquirir a medicação na farmácia.
Apesar da extensão de saúde de Parceiros de Igreja ter uma médica que presta serviços todas as quintas-feiras, Luís Jeremias considera que não é suficiente e revela que há utentes que chegam a comprar a medicação sem receita, pagando o preço por inteiro quando se trata de medicamentos que não necessitam de receita médica.
Por esta situação já passou, várias vezes, Mário Rui, que toma medicação para um problema cardíaco e chegou a pagar a medicação por inteiro por não ter receita. Acrescenta que as farmácias já disponibilizam os medicamentos mesmo sem receita médica, sob o compromisso de a entregarem à posteriori. O mesmo cidadão queixa-se ainda que em Riachos demoram mais de uma semana a passar o receituário. “Cheguei a ir para lá às 05h00 para apanhar vez”, relembra, adiantando que já chegaram a estar 40 pessoas na fila para o médico, ainda de madrugada. Ainda assim nem todos os utentes são atendidos acabando por terem que esperar pela semana seguinte para serem consultados pelo médico.

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