Sociedade | 18-07-2022 18:00

Miguel Borges critica redução de horário do balcão da CGD

Miguel Borges, presidente da Câmara do Sardoal, diz que redução de horário do balcão da Caixa Geral de Depósitos na vila vai provocar constrangimentos

Miguel Borges diz que a decisão do banco vai gerar mais constrangimentos a um território de baixa densidade populacional e com uma população envelhecida. Balcão só vai funcionar da parte da manhã.

O presidente da Câmara de Sardoal contesta a decisão da Caixa Geral de Depósitos de reduzir o horário de atendimento lembrando que se trata de um “serviço público essencial”. “Esta medida não se coaduna com o que procuramos para o nosso concelho e para a valorização do interior. Vai gerar mais constrangimentos a um território de baixa densidade populacional e com uma população envelhecida”, disse à Lusa Miguel Borges, que deu conta das “preocupações e anseios” com “uma constante e continuada perda de serviços de proximidade” da Caixa Geral de Depósitos (CGD) no concelho.
Contactada pela Lusa, fonte oficial da CGD disse que a agência do Sardoal “está adaptada às necessidades dos seus clientes”, sublinhando que “a tesouraria está disponível quatro horas por dia”, horário que afirmou ser “suficiente para a prestação de um serviço de qualidade às famílias e empresas desta região”.
No Sardoal o balcão da CGD passa a encerrar às 12h30 e não às 15h00 tendo a Câmara de Sardoal emitido um comunicado de protesto após uma reunião com a administração da entidade bancária, e do qual deu conta aos jornalistas, à Associação Nacional de Municípios Portugueses e à ministra da Coesão Territorial.
“Ao ter conhecimento, através da gerência, da alteração do horário de funcionamento do balcão da Caixa Geral de Depósitos de Sardoal e estando ciente dos constrangimentos que a mesma irá causar aos munícipes deste concelho, o presidente da câmara, Miguel Borges, transmitiu à ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, as preocupações e anseios do município, considerando esta constante e continuada perda de serviços de proximidade”, pode ler-se na missiva tendo Miguel Borges lembrado que, recentemente, a tipologia da CGD tinha sido alterada.
“(…) Há pouco mais de um ano houve alteração na tipologia da agência de Sardoal, que passou a ser balcão, com perda de valências e um limite de depósito e levantamento ao balcão de 700 euros, e, passado pouco tempo, volta a haver alterações e em nada condizentes com o que procuramos para o nosso concelho e para a valorização do interior”, afirmou Miguel Borges.
O autarca social-democrata reiterou uma “continuidade de redução da resposta e do serviço de qualidade que a CGD presta no território”, tendo lembrado que “a importância e a responsabilidade social da CGD enquanto banco público vai muito para além dos lucros e dos resultados financeiros”. Nesse sentido, vincou, “não basta falar na valorização do interior para depois se adoptarem medidas destas”, apontando “responsabilidade” do Governo e das instituições.
“Não quero pensar que a perda de uma resposta pública de qualidade seja uma estratégia que leve os clientes a procurarem outras alternativas, nomeadamente privadas, e que a entidade CGD venha no futuro a encerrar definitivamente”, concluiu.

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