Sociedade | 22-06-2022 12:00

Morador de Vale de Rãs queixa-se de maus cheiros à porta de casa

António Bule queixa-se dos maus cheiros e água parada em canal junto a sua casa em Vale de Rãs, Abrantes

António Bule diz que vegetação impede circulação da água num canal. Problema causa maus cheiros e atrai insectos e outra bicharada para junto das casas e de um parque infantil em Abrantes.

António Bule mudou-se há cerca de dois anos para Abrantes a pensar que os seus anos de reforma seriam de calma e sossego mas enganou-se. O morador na Rua Dr. Diogo Fernandes de Almeida, na zona de Vale de Rãs, queixa-se das águas paradas num canal que passa no local e está cheio de vegetação que precisa de ser cortada. O MIRANTE esteve no local e pôde comprovar, apesar da vegetação já não estar tão alta como nas fotografias que António Bule nos enviou, as águas paradas, de cor amarelada e que emana mau cheiro.
Contactada por O MIRANTE, a vereadora da Câmara de Abrantes, Celeste Simão, que detém o pelouro do Ambiente e Espaços Verdes, explica que o local é cortado com regularidade. “Se ficaram restos de vegetação no local que impede a água de circular não deveriam ter ficado. Adquirimos uma máquina que tritura toda a vegetação. Vamos verificar e regularizar a situação de imediato”, garantiu Celeste Simão.
A água do canal percorre a zona e chega a um ponto em que já não flui porque fica retida nas ervas. Também é possível ver e ouvir as rãs no local. António Bule recorda-se de um dia em que choveu muito e entupiu o canal de tal maneira que a água da chuva subiu ao nível da estrada. “Os responsáveis da autarquia tiveram que vir com uma retroescavadora retirar o entulho e cortar a vegetação que não permitiam que a água circulasse”, conta a O MIRANTE.
O reformado conta que já se queixou várias vezes à Câmara de Abrantes, incluindo ao presidente, Manuel Valamatos. “O presidente disse-me que havia um projecto para este canal mas que não sabe quando vai avançar a obra. É uma tristeza ter que viver com esta situação porque isto enche-se de melgas e sou alérgico à picada. Tenho que ter cuidado com a minha saúde e por isso estou sempre preocupado com esta situação”, critica, acrescentando que não consegue estar no seu quintal, o local preferido da casa, a descansar e apanhar sol porque as melgas tornam insuportável estar na rua.
António Bule falou com os vizinhos e lamenta que ninguém se queixa. “Dizem que não vale a pena porque continua tudo na mesma. Acho que se alguma coisa não está bem temos que nos queixar. Pagamos impostos por isso temos direito a que a zona envolvente à nossa casa esteja convenientemente limpa. Na casa de uma vizinha têm aparecido ratazanas grandes nestas alturas de maior calor. É a saúde pública que está em causa”, reclama.
António Bule nasceu há 65 anos em Serpa, no Alentejo. Aos cinco anos foi viver para Lisboa com os pais e os cinco irmãos. Trabalhou até à reforma como administrativo na Petrogal. Sempre sonhou comprar uma casa num local calmo para viver quando já não tivesse que trabalhar. No entanto, cinco meses depois de se ter reformado, aos 62 anos, teve um enfarte e foi operado ao coração. Nessa altura colocou a sua casa de Lisboa à venda e assim que a transaccionou comprou casa em Abrantes. Não conhecia a cidade mas gostou do que viu. Continua a achar o concelho maravilhoso. “Estou encantado. Esta situação é que me tira do sério porque ninguém resolve nada”, lamenta.

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