Sociedade | 04-07-2022 18:00

Nível baixo no Castelo do Bode ainda não põe em causa abastecimento de água

Presidente da Comissão Distrital de Protecção Civil de Santarém, Anabela Freitas, diz que nível da água na albufeira de Castelo do Bode não coloca em causa abastecimento de água às populações

Também não está em causa o abastecimento dos meios aéreos para o combate a incêndios, embora os níveis abaixo do normal possam afectar a prática desportiva e a actividade turística na albufeira.

O nível da água na albufeira do Castelo do Bode, no rio Zêzere, está baixo mas não coloca em causa o abastecimento de água às populações nem para os meios aéreos de combate a incêndios, disse a presidente da Comissão Distrital de Protecção Civil de Santarém. Anabela Freitas, que é também presidente da Câmara de Tomar e da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, disse à Lusa que é na albufeira de Castelo do Bode que se sente mais o efeito da seca na região ribatejana, mas, afirmou, “não está em causa o abastecimento público de água”, lembrando que esta é “uma das maiores captações do país”.
Também não está em causa o abastecimento dos meios aéreos para o combate a incêndios, situação “no centro das preocupações” da comissão, por se estar “precisamente na época de incêndios”. Os níveis abaixo do normal podem afectar a prática desportiva e a actividade turística na albufeira mas numa reunião realizada esta semana com alguns operadores turísticos da albufeira foi referido que “os níveis estão muito baixos, mas não estão a afectar muito o negócio”.
Por outro lado, a autarca salientou que a questão dos baixos caudais no rio Tejo passa pela gestão com Espanha, algo que ultrapassa os responsáveis da região e que exige uma negociação e articulação entre os Governos de Portugal e de Espanha. Anabela Freitas afirmou que, até ao momento, não chegou ao conhecimento da comissão qualquer preocupação dos sectores da agricultura e da pecuária salientando que será feito um novo ponto de situação na reunião da Comissão Distrital de Protecção Civil agendada para 6 de Julho.
“Nessa altura, na posse dos dados mais recentes da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), logo vemos se temos de emitir algum alerta ou fazer mais alguma reunião com a APA ou mesmo com o Ministério do Ambiente, no sentido de mostrar aquilo que é a nossa preocupação”, acrescentou Anabela Freitas.

PCP critica central fotovoltaica flutuante

Num comunicado emitido esta semana a direcção da Organização Regional de Santarém (DORSA) do PCP manifestou a sua preocupação com o nível da água na barragem de Castelo do Bode que, segundo dados do Sistema Nacional de Monitorização de Recursos Hídricos (SNIRH), estava, em 12 de Junho, nos 112,03 metros quando o valor mínimo crítico fixado pela APA “para que a água esteja garantida para abastecer Lisboa” é de 106 metros.
O PCP critica a “intenção governamental de instalação de uma central fotovoltaica equivalente a 60 campos de futebol, com painéis solares a flutuar nas águas da albufeira de Castelo do Bode”, pedindo que se conheçam os impactos nas actividades náuticas e lúdicas e o ambiental na fauna e flora daquele lago artificial.

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