Sociedade | 09-01-2022 10:00

Obras sem fim à vista nas piscinas da Chamusca

Obras sem fim à vista nas piscinas da Chamusca

Preço da empreitada aumentou e os prazos para a sua conclusão foram novamente ultrapassados. Complexo encerrou para requalificação em Setembro de 2019, reabriu durante um mês nas mesmas condições no Verão de 2020 e voltou a encerrar.

As obras na Piscinas Municipais da Chamusca, que obrigaram ao encerramento do espaço em Setembro de 2019, continuam a dar que falar. Na última assembleia municipal, que se realizou a 21 de Dezembro, os eleitos da CDU voltaram a questionar o presidente da câmara, Paulo Queimado (PS), sobre o ponto de situação das intervenções, mas saíram da sessão com as mesmas informações que o autarca tem dado no último ano e meio e sem saberem se há alguma previsão para a conclusão da obra.
Os deputados do PSD também se mostraram indignados com a demora da conclusão da empreitada e, com ironia, afirmaram que a Chamusca vive numa realidade à parte. “Todas as obras demoram a arrancar e a acabar”, afirmaram, numa alusão aos cinco anos que o mercado municipal demorou a ser requalificado e ao facto de não haver empresas interessadas nas empreitadas de regeneração urbana e do arquivo histórico e municipal.

UMA NOVELA SEM FIM À VISTA
As intervenções no complexo das Piscinas Municipais da Chamusca eram para iniciar ainda em 2019, e a sua conclusão estava prevista para Maio de 2020, mas um atraso num parecer do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) impediu o começo dos trabalhos. Na altura, o primeiro concurso foi lançado com um preço base global de cerca de 348 mil euros. Por não existirem avanços, o executivo de maioria socialista decidiu reabrir o complexo em Julho de 2020 para receber crianças dos campos de férias das juntas de freguesia do concelho, exactamente nas mesmas condições que ditaram o seu encerramento.
As obras recomeçaram em Setembro de 2020 e, segundo publicação em Diário da República, tinham um prazo de execução de 275 dias desde que foi adjudicada a empreitada à empresa Ecoedifica – Ambiente e Construções, por mais de meio milhão de euros, sendo que parte do financiamento é garantido através do programa BEM (Beneficiação de Equipamentos Municipais). O problema é que já passou mais de um ano e “nem novas nem mandadas”.
As intervenções incidem na melhoria e modernização dos equipamentos e na reabilitação e redimensionamento dos balneários. O tanque principal também está a ser intervencionado, sendo que uma das opções em cima da mesa é de colocar uma cobertura definitiva.

À Margem

O desprezo pelo trabalho na Chamusca é pior que o vírus da Covid

O executivo da Câmara da Chamusca é preguiçoso e incompetente. Basta estar atento ao trabalho desenvolvido pelo executivo para perceber que na Chamusca anda tudo a apanhar bonés. O caso das obras nas piscinas é um bom exemplo. A tesouraria da Câmara da Chamusca tem a mais, em dinheiro, o que tem a menos em políticos que saibam gerir a autarquia e os interesses dos munícipes. A terra está definitivamente entregue a políticos inaptos, irresponsáveis, que não têm por perto quem lhes puxe as orelhas para acordarem da burrice em que vivem. Os socialistas que mandam no partido a partir do Largo do Rato, em Lisboa, deviam fazer desta gestão um caso de estudo. E os partidos da oposição, como é o caso do PSD e da CDU, bem podiam treinar um pouco mais a sua capacidade de provar que o concelho está entregue a um capataz analfabeto político.

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