Sociedade | 21-09-2022 10:00

Peixes exóticos no rio Tejo alteram ecossistemas e provocam custos

João Gago (de vermelho) com a sua equipa durante uma amostragem de peixes no rio Tejo. fotoDR

O Instituto Politécnico de Santarém recebeu uma tertúlia, no âmbito da quinta edição do Encontro Internacional de Artistas Plásticos, que debateu sobra o rio Tejo e a biodiversidade que nele existe.

A presença de alguns peixes exóticos no rio Tejo conduz a alterações nos ecossistemas com custos económicos para a sociedade. Estes peixes, que são provenientes doutras regiões ou países e foram introduzidos pelo Homem, são predadores das 45 espécies nativas que existem no rio. Está provado que a proliferação dos peixes exóticos, nomeadamente o peixe-gato (siluro), carpa ou alburno levam à perda da qualidade da água implicando maiores custos de tratamento, e podem transportar doenças ou parasitas transmissíveis ao ser humano.
As conclusões foram apresentadas por João Gago, principal orador da quinta edição do Encontro Internacional de Artistas Plásticos (PICTORIN 2022), que decorreu em Santarém. A iniciativa passou por vários pontos da cidade, sendo que esta conferência foi realizada no Instituto Politécnico de Santarém, a 7 de Setembro.
João Gago, docente na Escola Superior Agrária de Santarém, revela que existem cerca de 45 espécies de peixes nativos, tais como os barbos, bogas e as verdemãs. Apenas uma dezena destas espécies são oriundas de Portugal. Os peixes mais nativos, mais utilizados na gastronomia são a truta, enguia ou a lampreia marinha. O professor refere ainda que a presença de peixes nativos no rio é um importante indicador da boa qualidade ecológica dos rios e barragens.
Um membro do público, ao ler o panfleto com fotografias e alguma informação sobre os peixes exóticos perguntou como é que a espécie “Pimpão-cinzento” se reproduz uma vez que as populações são constituídas exclusivamente por fêmeas. João Gago explicou que cada fêmea produz cerca de 50 a 180 mil ovos que são colonos dela própria.
João Gago concluiu a apresentação falando do projecto “Frisk” que pretende prevenir a chegada de novos peixes exóticos e reduzir a dispersão dessas espécies.

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