Sociedade | 05-08-2022 16:54

Percentagem de internados Covid em cuidados intensivos cai acentuadamente no Médio Tejo

Percentagem de internados Covid em cuidados intensivos cai acentuadamente no Médio Tejo

Nos sete primeiros meses deste ano foram internados 1.100 doentes nas enfermarias Covid-19 e, desses, apenas 73 passaram pelos cuidados intensivos. Acumulado de internamentos em 2022 é mais expressivo, mas, na maior parte dos casos, as novas variantes do vírus provocaram doença mais ligeira.

Quase 7% dos doentes internados este ano com Covid-19 no Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) passaram pelos cuidados intensivos, número muito abaixo do registado nos dois anos anteriores, de cerca de 25%, anunciou essa entidade. Em resposta a um pedido da Lusa sobre a actividade assistencial, o CHMT indica que nos sete primeiros meses do ano foram internados nas enfermarias Covid-19 1.100 doentes e, destes, 73 (6.9%) passaram pelos cuidados intensivos, quando nos primeiros dois anos de pandemia, em 2020 e 2021, aquela percentagem foi de cerca de 25%.

“As novas variantes do vírus provocaram, inquestionavelmente, doença mais ligeira. No entanto, é muito expressivo o acumulado total de casos. A título de comparação, estes 1.100 internamentos por doença provocada pela Covid-19 confrontam-se com 1.733 internamentos Covid nos primeiros dois anos de pandemia”, lê-se na resposta.

O CHMT é constituído pelas unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, no distrito de Santarém. Nos primeiros sete meses do ano, foram registadas 246 mortes de doentes infectados com Covid-19, com 105 óbitos entre os 80 e os 89 anos.

Quanto a picos assistenciais no âmbito da pandemia, foram registados três desde 1 de Janeiro: um entre 7 e 21 de Fevereiro, com uma média de doentes internados de 50; outro na última semana de Maio e nas duas primeiras de Junho (com um máximo de 55 doentes internados) e no início de Julho, com 46 pacientes. Mais de 100 doentes são seguidos na consulta de acompanhamento da síndroma da “covid longa”.

Actividade assistencial não Covid aumentou 40%

Relativamente à actividade assistencial não Covid, foram registados mais 40% de episódios de urgência do que em período homólogo do ano anterior, para um total de 87.085 atendimentos. Quanto a consultas, foram 103.588, mais 6.106 do que em 2021, e houve um aumento de quase 30% de cirurgias programadas (tendo sido realizadas um total de 5.291 atos cirúrgicos nos sete meses do ano).

No hospital de dia foram realizadas 18.509 sessões, mais 2.305 do que nos primeiros sete meses de 2021, e as visitas domiciliárias cresceram 19%, para um total de 957. Os partos estão a níveis de 2021, com menos três do que no período homólogo.

Na resposta à Lusa, a unidade hospitalar destaca o crescimento de 78% dos exames de anatomia patológica realizados, um aumento de 47% dos exames de pneumologia e crescimentos acima dos 10% em todos os meios de diagnóstico, como exames de cardiologia, imagiologia, análises clínicas, sessões de medicina física e reabilitação, entre outros.

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