Sociedade | 25-02-2022 12:00

Políticos da Chamusca continuam a esconder contas da Ascensão e do Parque de Sonhos de Natal

Socialista Paulo Queimado continua a ignorar os pedidos dos vereadores da oposição

Vereadora Gisela Matias (CDU) voltou a pedir as contas do evento Parque de Sonhos de Natal e recebeu do presidente da câmara mais uma promessa que as iria entregar em breve. Vereadores socialistas estão há mais de dois anos para entregar contas das duas últimas festas da Ascensão. O executivo da Câmara da Chamusca, de…

Vereadora Gisela Matias (CDU) voltou a pedir as contas do evento Parque de Sonhos de Natal e recebeu do presidente da câmara mais uma promessa que as iria entregar em breve. Vereadores socialistas estão há mais de dois anos para entregar contas das duas últimas festas da Ascensão.

O executivo da Câmara da Chamusca, de maioria socialista, continua a não cumprir com as promessas que faz aos vereadores da oposição e aos eleitos da assembleia municipal em relação aos pedidos para apresentar as contas da festa da Ascensão e do Parque de Sonhos de Natal, evento que terá custado mais de 230 mil euros ao cofres municipais.
Na última sessão camarária, que se realizou a 15 de Fevereiro, a vereadora Gisela Matias (CDU) voltou a pedir as contas do programa natalício, um mês depois de as ter solicitado pela primeira vez, e a resposta do presidente da câmara repetiu-se. Paulo Queimado (PS) voltou a dizer que as contas ainda não estão fechadas, mas que conta entregá-las durante o mês de Março. O autarca já tinha feito a mesma promessa em Janeiro, mas não a cumpriu.
A demora dos socialistas em entregar as contas da festa da Ascensão dos últimos dois anos também tem gerado muita contestação nas assembleias municipais. Em Junho de 2021 Silvina Fernandes (PSD) pediu contas ao presidente da câmara de forma assertiva: “Solicito uma vez mais o envio das contas da Ascensão do ano passado. Sugiro que quando enviar as deste ano partilhe também as do ano anterior”, sublinhou. Nessa altura Paulo Queimado afirmou que as contas iam ficar fechadas “esta semana” e voltou a prometer que “na próxima sessão camarária vão ser entregues”.
As duas últimas festas da Ascensão, devido à pandemia, incidiram na realização de concertos, no cine-teatro local, que tiveram transmissão online e uma presença limitada de público. O cartaz incluiu artistas como José Cid, Luís Trigacheiro e João Chora. Na edição do ano passado também se realizaram duas corridas de toiros que, como é do conhecimento público, embora a praça de toiros esteja alugada à Misericórdia da Chamusca, foi a autarquia a suportar os custos associados à organização dos espectáculos.
Ainda não se sabe em que moldes vai ser realizada a festa da Ascensão deste ano, que deverá acontecer em final de Maio, mas pelo andar da carruagem é quase certo que o executivo vai investir num novo certame sem ter apresentado os custos oficiais dos dois anteriores.

À Margem

Poder absoluto na Chamusca promete contas há 2 anos

A forma como o presidente da Assembleia Municipal da Chamusca, Joaquim José Garrido (PS), abafa as habilidades e aselhices da gestão autárquica do executivo de maioria socialista parece tão evidente que deveria envergonhar a classe política e os chamusquenses. Tendo em conta os factos, tudo indica que há falta de transparência nos dois órgãos autárquicos sendo que a assembleia municipal é o principal órgão fiscalizador da actividade camarária, mas a da Chamusca faz tudo menos isso.
Recorde-se que em 2019, e durante cerca de oito meses, os deputados solicitaram as contas, mas os seus esforços nunca foram considerados, quer pelo executivo, quer por Joaquim José Garrido. Desta vez a novela dura há mais de dois anos e deverá manter-se por mais algum tempo.

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