Sociedade | 24-01-2022 18:00

Problemas do auditório da Chasa em Alverca só se resolvem com reconstrução

Problemas do auditório da Chasa em Alverca só se resolvem com reconstrução

Pequenas intervenções já não servem para resolver os problemas de um auditório que nasceu torto. Degradação do espaço tem sido uma constante.

Só uma intervenção de fundo pode resolver os graves problemas estruturais do auditório municipal da Chasa em Alverca, que passa a vida fechado e raramente abre ao público. O novo presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Fernando Paulo Ferreira, já começa a fazer contas aos custos porque vai necessitar de uma intervenção profunda para poder funcionar.
O município já admitiu no último mandato que a construção daquele espaço cultural subterrâneo, na década de 1990, foi muito mal executada e Alberto Mesquita, o anterior presidente, chegou mesmo a dizer que mais valia “ter pensado dez vezes” antes de a autarquia ter aceite o espaço.
O seu sucessor, Fernando Paulo Ferreira, partilha das preocupações dizendo que o mais recente levantamento das necessidades do edifício é uma dor de cabeça. “O edifício não tem acessibilidades condignas e se for requalificado não as conseguirá ter. Temos de avaliar a sua reconstrução para podermos tomar uma opção, dependente de haver verbas para ela. Ou reconstruir com uma configuração diferente ou converter tudo num outro espaço público e construir algo de novo com maior dimensão noutro local”, afirmou. O autarca falava do tema a propósito de uma proposta apresentada pela CDU visando a requalificação do auditório e que foi aprovada por unanimidade.

Um auditório que é um pesadelo

O fórum cultural da Chasa foi construído na década de 1990 por um promotor imobiliário da cidade como contrapartida pela construção dos prédios que hoje lá existem, na Rua José António Veríssimo da Silva. Por falta de espaço, optou-se por construir o fórum cultural no subsolo e usar o topo do recinto como praça de usufruto público, onde durante muitos anos estiveram pequenos lagos artificiais em funcionamento.
Quando o município recebeu o espaço este não se encontrava tão degradado, já que os problemas derivados da má construção só começaram a manifestar-se mais tarde. O auditório da Chasa sofre de grandes infiltrações de água, situação que levou o município a investir mais de 100 mil euros há menos de dez anos para acabar com os lagos existentes à superfície e transformar o espaço numa praça de pedra.
Mas isso não foi suficiente para resolver todos os males. O edifício está praticamente sempre fechado e só é utilizado por algumas associações da cidade e pela assembleia de freguesia que ali realiza algumas das suas sessões públicas. Cheira a mofo porque não tem janelas e a humidade nunca sai do interior. O ar condicionado não funciona e há bolor nas paredes, que precisam de ser pintadas com frequência. Há também fissuras em algumas delas. O caso é particularmente grave no auditório maior, situado na cave do edifício, exposto a maiores índices de humidade devido à elevada profundidade.
O espaço tem sido gerido, mediante protocolo assinado com o município, pela União de Freguesias de Alverca do Ribatejo e Sobralinho, que o tem dinamizado na medida do possível.

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