Sociedade | 12-05-2022 16:49

Promessas cumprem-se em Fátima, mas com velas mais caras

FOTO ARQUIVO MIRANTE

O movimento junto às lojas de recordações deixa os comerciantes animados.

As velas que os peregrinos usam para invocar a proteção de Nossa Senhora de Fátima estão este ano mais caras, podendo o aumento rondar os 50%, admitiram comerciantes de pequenas lojas de recordações situadas junto ao santuário. “Temos velas que tiveram um aumento de quase 50%. Por exemplo, uma vela que vendíamos a dois euros, vendemo-la agora a 3,5 euros”, admitiu à agência Lusa Graça Tomás.

Como têm promessas por cumprir, os peregrinos acabam por comprar as velas, mas optam pelas mais baratas. “Eu entendo. Numa vela só não é quase diferença nenhuma, mas para quem leva 20 ou 50 velas já é. A solução é comprar as mais baratas”, disse Graça Tomás.

Noutra loja, Kevin Neto confirmou: “as velas aumentaram 50%. Subindo os combustíveis, o resto sobe tudo”. Segundo o comerciante, “mesmo as velas normais, aquelas que as pessoas usam para a procissão, aumentaram muito o preço”.

Entre os peregrinos, há quem tenha comprado velas sem dar conta do aumento. “Costumo comprar todos os anos e não notei diferença”, admitiu Maria Augusta, de Vale de Cambra, quando estava na fila para queimar as velas no tocheiro do santuário. Já Carla Pedro, do Vila Franca de Xira, apercebeu-se do aumento: “estas custam 60 cêntimos e antes custavam 20 cêntimos, embora fossem mais fininhas”.

Maria Alice Santos, da Mealhada, mostrou mesmo a sua indignação ao vendedor, porque ainda em Fevereiro tinha comprado “uma menina (de cera) por 4,5 euros e um bebé (de cera) por 3,5 euros”. “Agora dei seis por esta e cinco por aquela”, contou, apontado para as imagens de cera que, juntamente com o marido, ia queimar no tocheiro.

Com os grupos de peregrinos a chegar novamente a pé à Cova da Iria e o regresso das grandes peregrinações internacionais aniversárias ao formato de antes da pandemia de covid-19, o movimento junto às lojas de recordações deixa os comerciantes animados. “O movimento está a normalizar, mas ainda se nota uma quebra muito grande comparativamente a antes da pandemia”, disse Kevin Neto, acrescentando que as pessoas compram menos e escolhem aquilo que é mais barato.

Para o comerciante, o passeio junto às lojas “mais parece a passadeira vermelha”, em que as pessoas desfilam e não param para comprar. “Mas também estamos do outro lado e sabemos como é”, admitiu.

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