Sociedade | 10-11-2022 09:59

Protecção civil do distrito de Santarém é um exemplo no combate a incêndios

A presidente da Comissão Distrital de Protecção Civil de Santarém, Anabela Freitas, reuniu com todas as entidades que integram o dispositivo de combate a incêndios onde fizeram um balanço da época de incêndios

Comissão Distrital de Protecção Civil de Santarém reuniu para fazer o balanço da época de incêndios. Ourém foi uma excepção no distrito, tendo sido o concelho com mais área ardida. No total arderam 6.827 hectares e Agosto foi o mês com maior área consumida pelas chamas. Presidente da comissão, Anabela Freitas, destaca excelente trabalho de cooperação entre as várias entidades que integram dispositivo de combate a incêndios.

A Comissão Distrital de Protecção Civil de Santarém desenvolve um excelente trabalho e deveria ser um exemplo em comparação com outros distritos do país. A opinião é da presidente da Comissão Distrital de Protecção Civil de Santarém, Anabela Freitas, que também é presidente da Câmara de Tomar. A autarca destacou a excelente articulação entre as várias entidades que integram o dispositivo considerando que essa boa interacção faz toda a diferença no combate a incêndios. As palavras foram proferidas durante uma reunião de balanço da época de incêndios deste ano que decorreu nas instalações da Comissão Distrital de Protecção Civil de Santarém, em Almeirim, na manhã de sexta-feira, 4 de Novembro.
O comandante do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Santarém, David Lobato, referiu que durante a época de incêndios deste ano houve 549 ocorrências com uma área ardida de 6.827 hectares. O maior incêndio foi na Freixianda, concelho de Ourém, a 7 de Julho, que consumiu 2.274 hectares. Durante o mês de Julho arderam 2.940 hectares e em Agosto 3.792 hectares. Na zona do Médio Tejo, além de Ourém, Tomar e Abrantes foram os concelhos com mais incêndios. Na zona da Lezíria do Tejo, Azambuja e Santarém foram os concelhos mais fustigados pelas chamas. O comandante recordou que 2022 foi o ano mais quente e mais seco desde 1931.
Anabela Freitas destacou o facto de não terem existido vítimas mortais e o “excelente” tempo de reacção ao combate aos fogos. Apenas 5,5% passaram a ataque ampliado, ou seja, quando o fogo alastra. O concelho de Ourém foi a excepção no distrito, com um dos maiores incêndios do país. “Só existem incêndios se não trabalharmos na prevenção, mas trabalhamos muito e fazemos um bom trabalho. A face visível é o combate ao incêndio mas existe muita gente a trabalhar por trás, quer na prevenção, quer durante o próprio incêndio. Qualquer teatro de operações tem uma logística complexa porque os operacionais precisam de comer, beber e descansar. Toda essa logística é preparada por algumas associações, coordenadas pelos municípios, a quem deixo uma palavra de agradecimento”, realçou a autarca.
O tenente-coronel da GNR, Duarte da Graça, também elogiou a excelente cooperação entre as diversas entidades e sublinhou que a acção concertada permitiu salvar vidas, casas e animais. O militar alertou para a importância do registo cadastral para que o trabalho de limpeza de terrenos seja bem feito. “Em Ourém o trabalho começou recentemente e por isso tivemos mais dificuldade em fazer o reconhecimento do terreno mas está a ser resolvido”, disse.
Filipe Ferreira, inspector-chefe da Polícia Judiciária de Leiria, destacou a importância de ter sido detido o incendiário do Sardoal, o que permitiu que houvesse menos fogos na região. Sublinhou ainda que o crime de incêndio florestal é dos mais difíceis de comprovar.

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