Sociedade | 15-04-2022 06:59

Regresso da urgência médico-cirúrgica ao Hospital de Tomar fora dos planos

Presidente do conselho de administração do CHMT explicou que eventual regresso da valência a Tomar poderia interferir com o “excelente” trabalho que tem sido realizado no Hospital de Abrantes. Autarcas mostraram-se surpreendidos e indignados com declarações de Casimiro Ramos.

O executivo da Câmara de Tomar mostrou-se surpreendido com as declarações do presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), Casimiro Ramos, ao afirmar que “não está em cima da mesa o regresso da urgência médico-cirúrgica ao Hospital de Tomar”.
Numa sessão aberta à comunicação social, realizada a 30 de Março, Casimiro Ramos adiantou que o CHMT não tem condições para avançar com essa valência no Hospital de Tomar uma vez que é preferível “ter uma urgência médico-cirúrgica devidamente equipada, com instalações adequadas, com profissionais dedicados e empenhados, como a que existe em Abrantes, do que ter duas que não dão a resposta adequada às necessidades dos utentes”. O presidente ressalvou, no entanto, que “a tutela poderá optar por fazê-lo a qualquer momento”, embora admita que tem reservas de que essa alteração trouxesse benefícios para a população do Médio Tejo.
Na última sessão camarária, a 4 de Abril, o vereador Tiago Carrão (PSD) questionou Anabela Freitas (PS), presidente do município, sobre se estava de acordo com as palavras de Casimiro Ramos e se o assunto já tinha um parecer negativo definitivo. Anabela Freitas não escondeu que também ficou surpreendida com as afirmações de Casimiro Ramos, que na altura realizava o balanço das actividades e contas do CHMT sublinhando que não lhe compete interferir com as opiniões pessoais de cada um.
No entanto, a autarca vincou que não se deve desistir de reivindicar as urgências médico-cirúrgicas para o Hospital de Tomar e que essa luta deve pertencer a todos os partidos políticos. “Tenho esperança que as comissões municipais funcionem e a comissão municipal da saúde pode ter um papel preponderante para que consigamos essa valência para a população do nosso concelho. O caminho não é fácil, mas não podemos desistir”, reforçou.
A concelhia do PCP de Tomar também reagiu negativamente, em comunicado, às declarações de Casimiro Ramos, afirmando que “parece que se desconhece a luta em que todos os partidos e movimentos políticos representados na Assembleia Municipal de Tomar assumiram um conjunto de compromissos relativos ao Hospital de Nossa Senhora da Graça de Tomar visando defender intransigentemente os legítimos anseios das populações”.

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