Sociedade | 15-04-2022 20:59

Requalificação de escola na Chamusca está atrasada e vai custar o dobro

A empreitada de requalificação da Escola EB 2,3/S da Chamusca era para ser realizada de uma só vez e os alunos colocados em contentores, mas o município voltou com a palavra atrás e vai realizá-la por fases. Decisão vai atrasar significativamente as obras, que vão custar duas vezes mais do que o previsto inicialmente.

A empreitada de requalificação da Escola Básica 2,3/S da Chamusca vai ter um atraso significativo depois do município ter voltado com a palavra atrás em relação ao modo como vai realizar as intervenções. Inicialmente foi estipulado avançar com a obra e concluí-la de uma vez só, mas agora ficou decidido realizá-la por fases; isto é, as intervenções vão ser realizadas à vez em cada um dos quatro pavilhões. “Por vezes temos de dar um passo atrás para dar dois à frente”, desculpou-se Paulo Queimado, presidente da autarquia, dirigindo-se aos vereadores da oposição na última sessão camarária.
Um dos pontos da ordem de trabalhos referia-se ao aluguer dos contentores em que se previa colocar cerca de 500 alunos, na zona do recinto escolar onde se costumam realizar actividades desportivas. No entanto, os técnicos municipais chegaram à conclusão que a solução não era a ideal. Para além das centenas de milhares de euros que se iriam gastar, segundo o autarca, o aluguer dos contentores exigia concurso público internacional e em Portugal não há empresas do sector com capacidade de resposta em tempo útil. “Era muito difícil avançar com a obra toda em simultâneo e por isso vamos fazer por fases”, sublinhou.

Empreitada vai custar duas vezes mais
A prova de que a empreitada da escola foi mal planeada, tal como têm demonstrado ser as da requalificação urbana, do arquivo municipal ou do novo centro de saúde, que estão há anos na gaveta, está na forma como Paulo Queimado revelou, há apenas seis meses, um projecto totalmente diferente. Em reunião de câmara realizada em Novembro do ano passado o autarca disse que, por questões de segurança, era impossível conciliar as obras com o funcionamento das aulas nas mesmas instalações. O autarca estava disposto a pagar cerca de meio milhão de euros pelos contentores e deslocalizar todos os serviços, salas de aula e refeitórios para lá.
A derrapagem no tempo da empreitada, potenciada pela pandemia, aumentou para mais do dobro o seu valor. Se em Junho de 2019, quando a autarquia e o Ministério da Educação assinaram um protocolo de colaboração (ver foto), o orçamento previsto era de cerca de 2 milhões de euros, actualmente o valor acende aos 4,5 milhões.
Recorde-se que, em Abril de 2021, a Câmara da Chamusca abriu concurso público para a “reabilitação total do conjunto edificado existente na escola sede, adaptando-o aos critérios funcionais e de conforto contemporâneos, bem como à regulamentação legal aplicável”, segundo publicação em Diário da República.

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