Sociedade | 22-06-2022 10:00

Tejo Ambiente prepara-se para o futuro com novas medidas de gestão

Tejo Ambiente apresentou novo Estudo de Viabilidade Económica Financeira da empresa intermunicipal

Empresa intermunicipal que abrange seis municípios do Médio Tejo já pode trabalhar em cima do novo Estudo de Viabilidade Económica e Financeira e colocar um ponto final nos resultados negativos que a Tejo Ambiente tem tido nos primeiros dois anos de actividade.

A Tejo Ambiente, empresa intermunicipal de abastecimento de água, saneamento e gestão de resíduos, constituída por seis municípios do Médio Tejo, apresentou o novo Estudo de Viabilidade Económica e Financeira (EVEF), já com parecer positivo vinculativo e obrigatório da ERSAR – Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos. O documento pode ser o início de uma nova realidade para a empresa que tem dado prejuízo desde a sua criação em 2019.
A apresentação decorreu no salão nobre dos Paços do Concelho de Tomar. O presidente do conselho de administração, Luís Albuquerque, falou sobre a actividade da Tejo Ambiente e reconheceu as falhas existentes no primeiro EVEF, que têm vindo a contribuir negativamente para os resultados da empresa nos dois últimos anos. Anabela Freitas, presidente da Câmara de Tomar, encerrou a sessão lembrando que todo o investimento efectuado nos seis municípios só foi possível graças à constituição da Tejo Ambiente, que garantiu cerca de 14 milhões de euros de financiamento europeu. A autarca salientou que é importante todos contribuírem para a sustentabilidade ambiental e social dos serviços públicos e garantiu que os municípios se mantêm unidos e comprometidos com o projecto Tejo Ambiente.
Recorde-se que a Tejo Ambiente entrou em actividade em 2020 com base num EVEF de 2016. Com base nesse documento as tarifas de água baixaram em dois municípios, o que se tem reflectido nas contas. A situação vai obrigar a aumentar os valores cobrados pela água, pelo menos nesses concelhos. Mesmo com prejuízo, este é menor do que quando esses serviços eram garantidos pelos municípios.
No primeiro ano de actividade os municípios suportaram o prejuízo de cerca de 2,2 milhões de euros. No entanto, conforme explicou Luís Albuquerque a O MIRANTE em edição anterior, antes da criação da empresa os municípios de Tomar, Ourém, Ferreira do Zêzere, Mação, Sardoal e Vila Nova da Barquinha somavam no conjunto um passivo de cerca de quatro milhões de euros com o fornecimento de água, saneamento e resíduos. Luís Albuquerque estima mesmo que “se não fosse criada a empresa o prejuízo actualmente para os municípios seria de pelo menos seis milhões de euros”.

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