Sociedade | 01-07-2022 07:46

Utentes da Saúde do Médio Tejo manifestam-se em Abrantes por mais médicos de família

Iniciativa pública de concentração de utentes está marcada para sexta-feira, pelas 18h00, em frente ao Centro de Saúde de Abrantes.

A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT) reivindicou esta quinta-feira, 30 de Junho, mais médicos de família, a valorização da maternidade e obras na urgência do hospital. “Concretamente em Abrantes, há três questões que nos preocupam, uma é a falta de médicos de família, outra é a necessidade de valorização da maternidade do serviço de obstetrícia do hospital local e outra a necessidade de obras no hospital de Abrantes”, afirmou Manuel José Soares, porta-voz da CUSMT, em declarações à Lusa.

No âmbito dessas preocupações, a CUSMT, em conjunto com a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Abrantes, vai promover uma iniciativa pública de concentração de utentes, na sexta-feira, pelas 18h00, em frente ao Centro de Saúde de Abrantes, que pretende ser “uma oportunidade” para dar voz às populações, inclusive para poderem “manifestar as suas apreensões relativamente a algumas das questões que é necessário resolver no Médio Tejo”.

Manuel José Soares disse que a iniciativa pública permitirá saber qual a disponibilidade para se fazer, eventualmente, outras acções para marcar junto de quem decide as opiniões dos utentes. “A situação da saúde é dinâmica, aquilo que hoje pode estar assegurado amanhã pode estar em perigo e, por isso, nós fazemos questão de estarmos permanentemente em cima do acontecimento”, indicou o representante dos utentes, referindo que hoje, por exemplo, se reformou mais um médico de Abrantes, “o que quer dizer que cerca de 1.500 utentes vão deixar de ter médico de família”.

As comissões de utentes têm “uma listagem de reivindicações no conjunto dos serviços públicos e, concretamente, na saúde”, em que se destaca a necessidade de mais médicos de família. “No conjunto do Médio Tejo, temos 104 médicos, isto é que têm contrato em funções públicas com a ARS [Administração Regional de Saúde], porque depois há um conjunto de prestadores de serviços, uns que têm contrato, outros não têm, mas faltam, neste momento, 33 médicos”, apontou Manuel José Soares, acrescentando que foram pedidas 22 vagas, mas só foram atribuídas 12.

“No que respeita a Abrantes, é o segundo concelho do Médio Tejo que tem mais utentes sem médico de família, daí que tenham sido atribuídas três vagas”, adiantou o representante dos utentes, esperando que essas vagas sejam preenchidas e que, conjuntamente, com médicos prestadores de serviços se possa “fazer uma cobertura integral em matéria de cuidados médicos junto de toda a população”.

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