Sociedade | 07-06-2022 20:59

Utentes das Virtudes transferidos para Aveiras de Cima

Clarisse Morais e o filho José Eduardo foram à reunião de câmara de Azambuja demonstrar a sua indignação

Utentes que antes estavam afectos ao Centro de Saúde de Azambuja não compreendem a mudança e queixam-se de não ter transportes públicos para Aveiras de Cima. Descontentamento já deu origem a um abaixo-assinado.

Os utentes da aldeia das Virtudes, na freguesia de Aveiras de Baixo, que antes eram atendidos no Centro de Saúde de Azambuja passaram a pertencer à Extensão de Saúde de Aveiras de Cima. Uma mudança que está a gerar indignação na população e que já deu origem a um abaixo-assinado em que é reclamado o retorno dos seus processos à unidade de Azambuja.
Em causa está a inexistência de transportes públicos para a freguesia de Aveiras de Cima, que dificulta a vida a quem não tem transporte próprio obrigando a recorrer ao serviço de táxi. “Temos que pagar 8 euros de cada vez que temos que ir ao médico e isso custa muito”, disse, na última reunião do executivo municipal, Clarisse Morais lembrando que para Azambuja tinham a possibilidade de ir de comboio, transporte que fica mais em conta. Além disso, lamentou a utente de 90 anos, o tempo de espera para serem atendidos ou conseguirem uma receita chega aos dois meses.
O presidente da Câmara de Azambuja, Silvino Lúcio, em resposta à munícipe, disse que iria pedir explicações às entidades responsáveis sobre esta mudança. O MIRANTE contactou a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo sobre o motivo para esta alteração, mas não obteve resposta até ao fecho desta edição.
Por sua vez, o vereador do PSD, José Paulo Pereira, considerou que esta transferência de utentes não faz sentido e sublinhou que é dever da câmara municipal “defender os interesses de todos sobretudo dos mais frágeis”.
Sobre a falta de médicos, um problema que afecta há anos os utentes do concelho de Azambuja, o líder do município adiantou ainda que actualmente estão ao serviço cinco médicos e que a previsão é que até ao final do ano sejam colocados mais oito.

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