Sociedade | 10-01-2022 20:46

Variante Ómicron representa 98% dos casos de Covid-19 no Médio Tejo

Variante Ómicron representa 98% dos casos de Covid-19 no Médio Tejo

Mais de metade dos casos verificou-se em pessoas na faixa etária dos 20 aos 49 anos.

A variante Ómicron é responsável por 98% dos casos positivos de infecção por Covid-19 detectados na primeira semana do ano pelo laboratório do Serviço de Patologia Clínica do Centro Hospitalar Médio Tejo (CHMT). Da análise em tempo real efectuada pelo laboratório daquele serviço a todas as amostras positivas foi possível apurar que até 6 de Janeiro, na área de influência dos hospitais do CHMT (Abrantes, Tomar e Torres Novas), que servem 250.000 utentes, registaram-se oito internamentos em cuidados intensivos Covid-19, dos quais apenas um doente infectado com a variante Ómicron, – que, entretanto, já teve alta para enfermaria.

“Os dados recolhidos e analisados pelo CHMT demonstram também que a variante Ómicron passou a ser a predominante na região do Médio Tejo a partir de 21 de Dezembro”, indicou a instituição em comunicado. O laboratório de Patologia Clínica está a realizar a detecção de Ómicron desde 12 de Dezembro. Desde essa data, e até dia 6 de Janeiro, foram detectadas 896 infecções por esta variante.

Mais de metade dos casos (53%) verificou-se em pessoas na faixa etária dos 20 aos 49 anos. Uma fatia de 19% dos casos detectados corresponde à faixa etária acima dos 60 anos (e apenas 9% dos casos positivos aconteceu em utentes mais idosos, acima dos 80 anos), de acordo com a informação oficial. “Os mais novos, com idade inferior a 20 anos representam 15% dos casos de variante Ómicron detetados”, segundo a mesma fonte.

O director do Serviço de Patologia Clínica do CHMT, Carlos Cortes, citado no documento, destacou dois aspectos que se evidenciam dos dados de infecção por Covid-19 recolhidos e analisados: um “avanço impressionante da variante Ómicron”, que ilustra a capacidade de contágio, e o facto de a grande maioria dos pacientes apresentar sintomas ligeiros. O clínico sublinhou que, em pouco menos de um mês, se passou de uma média diária de 10% de variante Ómicron e 90% de variante Delta, para uma média de 98% de Ómicron e 2% de Delta.

Advertiu também que estas evidências “não podem transmitir à população uma falsa sensação de protecção ou segurança face à evolução da pandemia”, pelo que é “essencial manter os cuidados de prevenção”, como a utilização de máscara, evitar grandes aglomerações e manter o distanciamento recomendado nas actividades do quotidiano, a par do reforço da vacinação.

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