Sociedade | 11-08-2022 14:59

<strong>Vila Franca de Xira obrigada a pagar mais por obra no parque ribeirinho</strong>

Depois de um primeiro concurso onde as construtoras afirmaram não poder participar por ter um valor demasiado baixo a câmara avança agora com um novo procedimento e espera que a adjudicação possa ser rubricada até final do ano.

O município de Vila Franca de Xira está pronto para pagar mais do que o previsto para conseguir ter empreiteiros disponíveis para fazer a obra de construção do parque linear ribeirinho do Estuário do Tejo entre Alverca e o Sobralinho, depois do primeiro procedimento concursal ter ficado deserto no ano passado.

Se tudo tivesse corrido bem a obra já poderia ter começado este verão mas as construtoras recusaram apresentar propostas no primeiro concurso público evocando que o valor inicial, a rondar os 6 milhões, era insuficiente. Agora a câmara aumentou o valor alocado ao procedimento em cerca de 800 mil euros, totalizando um valor global de 6 milhões e 800 mil euros, acrescidos de IVA, o que deve empurrar os trabalhos para uma conta final a rondar os 8 milhões de euros, verba integralmente suportada pelos cofres municipais.

A proposta de lançamento do concurso público foi aprovada por unanimidade na última reunião de câmara e pretende dar continuidade ao passeio pedonal ribeirinho que já liga a Póvoa de Santa Iria ao Forte da Casa e Alverca. Em causa está uma obra que se estenderá por 4,9 quilómetros numa área aproximada de 14 hectares, incluindo a passagem entre a base da Força Aérea Portuguesa e o Rio Tejo. Pretende valorizar o património natural e paisagístico da frente ribeirinha do concelho, criar corredores ecológicos que protejam o ambiente e a avifauna mas também promova o turismo de natureza e crie condições para a prática de desportos náuticos e de lazer, como caminhada, corrida ou ciclismo. A obra visa também acautelar a subida do nível das águas do mar em consequência das alterações climáticas.

Apesar de ter votado a favor o vereador do Chega, Barreira Soares, lembrou que se tratam de muitos milhões que poderiam ser usados em prol de outras necessidades do concelho. “Não queremos ter um concelho muito bonito apenas para quem está no rio mas que possamos olhar para trás e não ver apenas pobreza e abandono no resto do território”, criticou.

Já David Pato Ferreira da coligação Nova Geração (PSD/PPM/MPT) lembrou a necessidade de ser acautelada a manutenção dos pontões de madeira uma vez que em alguns locais, lembrou, as estruturas já carecem de manutenção por se encontrarem com sinais de degradação.
* Notícia desenvolvida na edição impressa de O MIRANTE

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