Os trinta e um anos da entrada de rompante, do mordaz Cavaleiro Andante

Os trinta e um anos da entrada de rompante, do mordaz Cavaleiro Andante
TEXTOS QUE FIZERAM HISTÓRIA

"Não nasci para estragar a vida aos que, não tendo mais nada, andam a tratar da vidinha".

A secção Cavaleiro Andante, que continua a ser uma das mais lidas de O MIRANTE, começou por se chamar "Estrada do Meio", sendo assinada pelo Cavaleiro Andante. A estreia foi na edição do primeiro aniversário, em Novembro de 1989 mas o sector gráfico, limpou a assinatura e os textos saíram anónimos. O Cavaleiro Andante surgiu finalmente na edição seguinte e em todas as outras até agora...e já lá vão 1.438 (mil quatrocentas e trinta e oito. Os políticos locais, quando eram alvo de sátira, diziam que tinham levado uma "lacrauzada" e ainda hoje, trinta e três anos passados, há alguns que, apesar do sorriso amarelo, não escondem a dor de certas ferroadas lhes causam! Estas saíram na edição de Janeiro de 1989.

O desgaste

Isto de política tem muito que se lhe diga. Que o conte o vereador a tempo inteiro da Câmara Municipal da Chamusca Sr. Gonçalo Cabaço que, segundo informação recolhida junto de uma fonte bem informada do seu partido, termina este ano a sua missão nas listas da CDU. Pelo menos em lugar elegível. Está cansado e gasto pela dura tarefa de dirigir as suas "frentes de trabalho" (é assim que ele gosta de dizer) e ultimamente as coisas vão de mal a pior.

Numa das últimas reuniões do executivo, envolveu-se em tal discussão com o presidente que até a sala tremeu. Dizem que as tão faladas e controversas relações com os trabalhadores do município estão na origem do desaguisado. Já sem esperança de vir a ser um dia eleito Presidente da Câmara (ele é que tinha o currículo político e o outro é que foi para presidente) fonte bem informada garantiu-nos que com a sua passagem à reforma, ele vai poder finalmente dedicar-se àquilo para que sempre teve vocação: A poesia e o jornalismo.

Arraial de Natal

Estava tudo muito cheio de cor e brilho. O deslumbrante espectáculo foi enaltecido por todos os senhores bem pensantes da nossa terra. Ao arraial nem foguetes faltaram no momento do encerramento. Quem nos vislumbra-se do outro lado do Tejo decerto não perderia um único segundo antes de exclamar: "Que belo arraial tem a Chamusca no Natal!" Lamentamos apenas que a esta brilhante iniciativa tenha faltado o bom gosto da tradição portuguesa na decoração luminosa de edifícios religiosos (destacando os seus contornos arquitectónicos, o seu estilo, a sua beleza exterior, usando para isso apenas luz branca). O Natal também é uma época de reflexão, de plenitude e até, para alguns de nós, um momento de maior reconhecimento da palavra de Deus. De certa forma este arraial também veio profanar, a nossa religiosidade. Nossa Senhora do Pranto merecia melhor.

As moscas do colóquio

A moda pegou. Estamos todos em colóquio. É colóquio para a direita, é colóquio para a esquerda e porque não também para o centro. A Chamusca está definitivamente em colóquio. Uns mais interessantes, outros menos, mas as moscas nunca faltaram. Em alguns para os encherem e noutros para tentarem esvaziá-los. É sobre este último caso que me dá gozo falar pois, numa terra em que a maioria é de esquerda e até onde o poder é de esquerda, continuam a existir certas e muitas moscas, (brejeiras) a pensarem como Salazar: "Quem não é por nós, é contra nós!".

Este mês estou cheio de lamentações. Mas é triste o facto de aparecerem algumas moscas (brejeiras) a quererem destabilizar este encontro de pessoas e ideias que são os colóquios só porque não gostam da cor da gravata de quem os organiza.

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