Rui Igreja é técnico da Associação de Agricultores da Charneca Ribatejana, na Chamusca, há mais de duas décadas e por isso admite ter o coração dividido entre a “Terra Branca” e Abrantes, cidade onde nasceu. Assume-se como um grande defensor da agricultura e não hesita em afirmar que a importância do sector só é reconhecida quando as crises batem à porta. Considera que o futuro da agricultura passa pelos jovens devido à sua irreverência, curiosidade e capacidade de se adaptarem aos novos tempos. A última página de honra é dedicada a Rui Igreja por ser um homem que vê no sector primário uma forma de fixar pessoas, dar vida às localidades do interior e promover a essência do ambiente e da biodiversidade.

Cristina Pereira é directora do Cavendish House, um instituto de línguas em Azambuja. Nasceu em Moçambique, cresceu e estudou na África do Sul, e a primeira vez que viu Portugal foi quando veio para cá viver, aos 25 anos. Considera-se professora por paixão e uma mulher de negócios por circunstâncias da vida. Trabalha no Cavendish House há três décadas e é com orgulho que conta que hoje já dá aulas a filhos de pessoas a quem também deu aulas. Não tem problemas em assumir que uma das suas grandes lutas é conseguir captar a atenção dos alunos de uma geração voltada para os smartphones. Cristina Pereira revela que a sua resistência aos problemas da vida se devem, também, ao facto de até aos 14 anos ter frequentado 10 escolas.