Arquivo | 11-01-2013 17:21

Tribunal de Torres Vedras condena a prisão efectiva autores de sequestro e roubo armado de família

O Tribunal de Torres Vedras condenou hoje a prisão efectiva, com penas entre os seis e os oito anos, quatro arguidos que entraram armados na casa de família, prenderam-na e roubaram bens.Um dos arguidos, de 32 anos, tido como o líder do grupo, foi condenado a oito anos de prisão por três crimes de roubo agravado, um de furto qualificado, outro de falsificação de matrícula e outro de detenção de arma proibida.Um outro homem, de 24 anos, de nacionalidade estrangeira, viu ser-lhe aplicada uma pena de sete anos de prisão e 45 dias de multa por três crimes de roubo agravado e outros de furto qualificado, detenção de arma, falsificação de matrícula e consumo de estupefacientes.Outros dois homens que, à data dos factos, eram mulheres, antes de efetuar uma operação de mudança de sexo, foram condenados, respetivamente a seis anos de prisão e seis anos e seis meses por três crimes de roubo agravado e outro de falsificação de matrícula.Em maio de 2011, sob o pretexto de irem comprar lenha, os quatro ameaçaram com armas de fogo a família de um madeireiro e sequestraram-na dentro da própria casa, com o intuito de os roubar.Os quatro arguidos foram absolvidos dos crimes de sequestro, uma vez que o tribunal considerou que apenas prenderam as três vítimas durante o tempo em que durou o assalto.Os dois últimos arguidos ficaram ainda ilibados dos crimes de furto qualificado e detenção de arma proibida.Na leitura do acórdão, o juiz-presidente do colectivo de juízes, Rui Teixeira, afirmou que "o que fizeram foi muito grave e de uma violência extrema que mais parecia a de um filme do faroeste"."Queriam dinheiro mas, em vez de o irem ganhar, foram tirá-lo aos outros", enfatizou.As vítimas, o casal e a filha de 14 anos, tiveram armas apontadas contra si durante uma hora, enquanto os arguidos procuraram dinheiro e bens valiosos para levar da habitação.Os três foram levados para uma adega encostada à residência onde lhes amarraram os pés e as mãos e taparam a cabeça.A mulher adulta foi "adormecida" com éter, tendo-lhe sido retirados cinco anéis de ouro que usava e uma gargantilha.A residência dos vizinhos foi também assaltada, sem que ninguém estivesse em casa.Uma hora depois, os quatro autores colocaram-se em fuga num veículo estacionado em frente à primeira habitação, deixando amarradas as três vítimas, que conseguiram accionar o alarme da casa.Durante o julgamento, um dos arguidos disse que decidiu roubar aquela família porque tinha uma ameaça de penhora da casa onde vivia e precisava de dinheiro para pagar as prestações em atraso, enquanto dois justificaram o seu comportamento porque necessitavam de dinheiro para fazer operação com vista à mudança de sexo.Três dos arguidos aguardavam julgamento em prisão preventiva.

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