Arquivo | 17-11-2013 10:55

Educadoras de infância desempregadas lançam empresa de recados no Algarve

Duas educadoras de infância, sem colocação na sua área, lançaram uma empresa de recados no Algarve, com o objectivo de prestarem serviços em tarefas tão díspares como acompanhar um idoso ao médico ou fazer compras.Os “recados”, como lhes chamam, podem passar, ainda, por apoio domiciliário, cuidar de crianças ou tratar de burocracias para clientes com falta de tempo, mas a lista de possibilidades promete aumentar, asseguraram à Lusa as empresárias, que estão disponíveis para aceitar outras tarefas que lhes sejam sugeridas.Marisa Neves, 37 anos, e Anabela Palma, 47 anos, explicaram que se conheceram há alguns anos quando trabalhavam com crianças e, depois de terem trabalhado noutras áreas e de uma tentativa “pouco proveitosa” de trabalho fora do país, ganharam coragem para abrir a empresa “Recados & Sorrisos”.O serviço é pago à hora, sendo o valor mínimo de sete euros cobrado por meia hora e 12 euros por hora, valor que vai diminuindo em proporção ao número de horas contratadas, havendo ainda um sistema de descontos, através de um cartão pré-pago, para quem contratar serviços frequentes.Anabela Palma explicou que a ideia surgiu quando tiveram conhecimento de projectos semelhantes com sucesso noutras zonas do país, tendo decidido avançar ao perceberem que não havia serviços do género no Algarve.O nome da empresa pretende vincar uma vertente prática e tenta explicar a vontade de, ao mesmo tempo, dar ânimo e ajudar os clientes a ultrapassarem a falta de tempo e desfrutarem da vida.“O projeto tem muito a ver connosco, porque concilia a parte humana, o gostar de ajudar o outro, o prestar auxílio, o fácil relacionamento e a parte afectiva”, referiu Marisa Neves.Nesta fase inicial, a empresa está a ser divulgada através das redes sociais e de distribuição de publicidade, com os “recados” a concentrarem-se mais no acompanhamento a consultas e deslocações a repartições públicas.A médio prazo, as empresárias gostariam de abrir um espaço físico onde pudessem desenvolver mais actividades, estabelecendo o objectivo de contratarem outros profissionais quando tiverem um volume de “recados” que justifique.O número de serviços está um pouco abaixo das expectativas iniciais das empresárias, que acreditam que, uma vez conhecida como empresa de confiança, irá começar a ser mais requisitada.Apesar de inicialmente terem pensado que o serviço fosse mais requisitado no interior algarvio, as empresárias têm recebido mais pedidos nas áreas urbanas.“As pessoas estão um pouco receosas, principalmente as pessoas do interior”, reconheceu Anabela Palma.

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