Arquivo | 20-11-2013 17:52

Português vai sozinho à vela ao Brasil para celebrar apuramento de Portugal

O empresário Ricardo Diniz vai partir em Janeiro para o Brasil num veleiro de 22 metros, sozinho, para cumprir uma promessa feita ao minuto 72 da partida que deu a Portugal o "passaporte" para o Mundial2014 de futebol.Com 36 anos, Ricardo Diniz sentiu "um alinhamento" no encontro Suécia-Portugal, disputado em Estocolmo, quando Zlatan Ibrahimovic fez o 2-1 para a equipa nórdica e ameaçou o apuramento da selecção lusa para a sua sexta fase final da competição máxima do futebol."De repente, ontem (terça-feira) - e apenas ontem -, a ver o jogo que todos nós vimos, quando o outro senhor cujo nome não sei pronunciar, porque não sou muito do futebol, marcou golo, naquele momento em que Portugal está a perder 2-1, eu disse assim: `Meu Deus, nós não podemos ficar fora do Mundial. Nós temos que conseguir. Se ganharmos isto eu vou à vela sozinho para o Brasil´", contou o empresário, em declarações à Agência Lusa, fazendo questão de mencionar que não é um velejador.Mas, porque anda "nisto há 17 anos", no lançamento de projectos de cariz empresarial que pretendem mostrar a ligação de Portugal ao mar, decidiu avançar e responder a "um forte chamamento em relação ao Brasil", que começou bem antes do Portugal-Suécia de terça-feira, "há alguns meses atrás" e é para continuar a "aproveitar esta embaixada flutuante de portugalidade"."Vou sozinho à vela entre Portugal e o Brasil para reforçar esse espírito positivo de termos conseguido qualificar Portugal para o Mundial. O meu objectivo é prestar uma homenagem ao povo português, que muito reclama, muito mal diz, mas, quando é mesmo preciso, consegue ser um povo unido e acreditar. Era importante manter-se este estado de espírito quando a coisas não correm bem", acentuou.Havia "várias possibilidades" para concretizar o projecto - os Estados Unidos, os PALOP, os Açores ou a Madeira -, mas Cristiano Ronaldo intrometeu-se, marcou três golos e colocou Portugal no Mundial do Brasil, obrigando Ricardo Diniz a mudar o alinhamento da sua expedição."Foi, exactamente ontem (terça-feira), que tomei a decisão e comecei a alinhar coisas. Passadas 12 horas, já tenho os primeiros patrocinadores", adiantou, recordando que já tem "muito embalo a preparar expedições e projectos", o último dos quais, denominado "Mare Nostrum".Ricardo Diniz avançou à Lusa que a partida deverá ocorrer em Janeiro, porque tudo indica que a meteorologia o permitirá, terá passagem obrigatória pela Madeira, e coincidirá com o aniversário de Cristiano Ronaldo, a 5 de Fevereiro, e com o seu, dois dias antes.Dois dias depois de partir estará no arquipélago da Madeira e, após a partida do Funchal, demorará "entre 20 e 30 dias" a chegar ao Brasil, até porque vai fazê-lo "com calma", uma vez que não se trata de uma competição."É um barco de 22 metros, um veleiro, apenas com um motor auxiliar para entrar e sair das marinas. A vela principal do barco pesa 700 quilos, são precisas 15 pessoas para tirar e pôr a vela do barco e eu, sozinho, vou ter de a tirar e pôr. Às vezes para colocar a vela no alto do mastro chego a demorar 45 minutos", declarou.Segundo este empresário da Costa da Caparica, que é também apaixonado pelo surf e outros desportos aquáticos, o barco é "muito rápido", além de grande, o que torna o trabalho a bordo "muito físico e exigente, por mais optimizado que esteja".O veleiro tem "toda a sua energia gerada através de painéis solares, como o telefone satélite, as luzes de navegação, toda a electricidade é produzida através do sol, o que significa que tem uma pegada ecológica de absolutamente zero", acrescentou.Ricardo Diniz vai preparado para fazer a reportagem a bordo, com fotografias e vídeos, conta com um sítio oficial na internet e viaja "com a máxima segurança" para o Brasil, onde espera poder assistir a, pelo menos, uma partida da selecção portuguesa.

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