Arquivo | 22-11-2013 18:14

Aumento do salário mínimo está condicionado a apreciação da ''troika'' afirmou secret. de Estado do Emprego

O secretário de Estado do Emprego, Otávio de Oliveira, afirmou hoje, em Barcelos, que o eventual aumento do salário mínimo nacional "está condicionado" a uma apreciação dos credores internacionais de Portugal."É uma matéria que está no acordo do memorando de entendimento como sendo algo que está condicionado a uma apreciação dos credores de Portugal. O memorando de entendimento previu essa condição, não podemos estar a ignorar os compromissos que Portugal assumiu", referiu.Otávio de Oliveira sublinhou que a questão do aumento do salário mínimo já foi abordada pelo primeiro-ministro em sede de Concertação Social e que o assunto será "aprofundado" em diálogo com os parceiros sociais.Para o governante, a competitividade da economia portuguesa não deve ser baseada em baixos salários, mas sim em "factores importantes" como a inovação, a tecnologia e a competitividade."Estamos a trabalhar na qualificação das pessoas, a apoiar a inovação, para que Portugal tenha, designadamente em sectores transaccionáveis ligados à exportação, acrescida competitividade", referiu.O secretário do Estado falava à margem da assinatura de um protocolo entre a Associação Comercial e Industrial de Barcelos (ACIB) e a Cooperativa António Sérgio para a Economia Social, no âmbito do plano nacional de micro-crédito.A aposta da ACIB é que fruto deste protocolo sejam criadas na região, nos próximos dois anos, 500 novas empresas e 2.000 postos de trabalho.Otávio de Oliveira admitiu que o micro-crédito, apesar de não ser a "varinha mágica" que resolve o problema do desemprego, é "mais um instrumento" para o combater.Admitindo que os níveis de desemprego em Portugal são "relativamente elevados", enfatizou os "alentos" dos últimos indicadores económicos, nomeadamente os que apontam para a criação de 120 mil novos empregos nos segundo e terceiro trimestres de 2013.Lembrou ainda que os dados oficiais colocam o desemprego no final de Outubro "ligeiramente abaixo" do registado há um ano.Disse ainda que até a área do desemprego jovem, com números "assustadores" de 36%, registou uma diminuição de três pontos percentuais.Apontou que nos primeiros 10 meses deste ano as ofertas que o Instituto do Emprego e Formação Profissional trabalhou cresceram 46%, tendo as colocações no mercado de trabalho crescido cerca de 37%."De alguma forma, há aqui um caminho de sucesso. E é proibido desistir", alertou, vincando que o combate ao desemprego é a "primeira prioridade" do Governo.

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