"Seria um absurdo que ficasse em prisão preventiva. Não há nada de importante contra o senhor Augusto Duarte. A montanha pariu um rato", tinha afirmado à Lusa Marcelino Peres horas antes de ser conhecida a decisão do tribunal de Gondomar.O interrogatório, que durou sensivelmente hora e meia, iniciou- se pelas 18:30, terminando por volta das 20:00, tendo Augusto Duarte chegado às instalações do Tribunal de Gondomar depois das 16:00.Apesar de ter invocado também na altura o "direito de reserva" em relação a aspectos relacionados com o processo, Marcelino Pires adiantou que as acusações têm por base "escutas telefónicas, feitas a terceiros, com as quais o Ministério Público entendeu montar um caso".Augusto Duarte, árbitro nomeado para o jogo de domingo entre a Académica de Coimbra e o Sporting, da 13ª jornada da Superliga, é um das cinco pessoas detidas quinta-feira para interrogatório pela Polícia Judiciária, no âmbito da segunda fase do denominado processo "Apito Dourado".Os restantes quatro detidos, entre eles o também árbitro Jacinto Paixão, de Évora, vão pernoitar nas instalações da Policia Judiciária do Porto para depois começarem a ser ouvidos no tribunal da Gondomar, a partir das 09:00.A Policia Judiciária confirmou também na quinta-feira ter notificado o presidente do FC Porto, Pinto da Costa, para depor no âmbito do mesmo processo.O dirigente "azul e branco" não foi ainda ouvido por alegadamente se encontrar no estrangeiro, mas a Polícia Judiciária, que também confirmou buscas à SAD do FC Porto, na Torre das Antas, e à casa de Pinto da Costa, revelou que o presidente portista está "localizado e informado