Economia | 03-02-2005 12:21

Sete anos à espera

Os ex-trabalhadores da Fábrica de Papel da Matrena, em Tomar, estão fartos de esperar pelo dinheiro que lhes é devido. O processo de graduação dos créditos, contestado pelos trabalhadores, está no Tribunal da Relação de Coimbra. Não há prazos para o caso ser solucionado.Uma centena de ex-trabalhadores da Fábrica de Papel da Matrena juntou-se na tarde de sexta-feira para discutir o andamento do processo da empresa de Tomar, falida em 1997. Os ex-funcionários afirmam sentir-se defraudados com o sindicato dos papeleiros que, dizem, não lhes tem dado informações sobre o andamento do processo, particularmente no que diz respeito à graduação dos créditos. E ponderam entregar o caso a um advogado privado.Há precisamente um ano, o juiz Nuno Gonçalves, detentor do processo, deu a sentença de graduação dos créditos, rementendo os trabalhadores para o quinto e último lugar da lista. Os primeiros a receber alguma coisa serão os bancos com hipotecas e penhoras sobre a papeleira e o próprio tribunal.Na altura o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Celulose, Fabricação e Transformação de Papel, Gráfica, Imprensa do Sul e Ilhas apresentou um requerimento de recurso, contestando a forma como foi feita a graduação.Desde essa altura, afirmam os ex-trabalhadores - que se reuniram sexta-feira à revelia do sindicato - pouco ou nada lhes foi comunicado sobre o andamento do processo.Uma afirmação contestada pelo advogado do sindicato. Visivelmente agastado com a situação, Carlos Tomé referiu a O MIRANTE que as portas do sindicato e do seu escritório sempre estiveram abertas para receber os ex-trabalhadores da Matrena. E que ainda há poucos meses lhes fez uma sessão de esclarecimento sobre o processo.

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