Economia | 04-12-2013 15:52

Primeiras verbas do novo Quadro Comunitário só no segundo semestre de 2014

Primeiras verbas do novo Quadro Comunitário só no segundo semestre de 2014

Confirmada prioridade das empresas no acesso a apoios comunitários. Dirigentes da Nersant querem menos burocracia. Presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves, lembrou as trapalhadas do QREN que agora termina para desejar que o cenário não se repita mas o seu desejo de haver verbas disponibilizadas no primeiro trimestre do próximo ano não se irá concretizar.

O presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves (PSD), afirmou que o regulamento do actual QREN - Quadro Referência Estratégica Nacional, que termina no fim do ano, foi bastante “trapalhão”. As declarações de Ricardo Gonçalves foram proferidas no final do jantar do Nersant Business, que se realizou na noite de quinta-feira, 28 de Novembro, no CNEMA, em Santarém e que juntou mais de duas centenas de empresários portugueses e estrangeiros. O autarca referia-se às burocracias, atrasos e alterações que se foram verificando desde 2007, quando o mesmo entrou em vigor. A iniciativa da Associação Empresarial contou com a presença do secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Manuel Castro de Almeida e do presidente da CIP (Confederação da Indústria Portuguesa), António Saraiva. Ricardo Gonçalves, dirigindo-se ao membro do governo, disse ser “fundamental” que haja acesso a verbas do novo Quadro Comunitário já no primeiro trimestre de 2014 mas aquele considerou tal desejo inviável. “Na melhor das hipóteses Portugal terá acesso a estes dinheiros no segundo semestre”, afirmou. Depois de um longo discurso, o secretário de Estado afirmou que o próximo quadro comunitário vai dar prioridade às empresas. “São as empresas que geram riqueza e criam emprego. A salvação do nosso país está nas empresas e nos empresários por isso o Governo vai apoiá-las com a ajuda do próximo quadro comunitário”.A presidente da Nersant sublinhou a importância de o próximo quadro comunitário, que começa em 2014 e termina em 2020, ser utilizado para “fomentar o investimento produtivo e o apoio a pequenos projectos de criação e modernização de empresas”. Salomé Rafael defende que o próximo quadro comunitário “não se deve limitar” aos apoios à prospecção de novos mercados mas também “traduzir-se no apoio efectivo às empresas de modo a concretizarem-se os seus investimentos”.O presidente da CIP começou a sua intervenção elogiando o trabalho desenvolvido pela NERSANT ao longo dos anos considerando-o inovador. António Saraiva referiu também que os sistemas de incentivos devem incidir sobre os sectores produtores de bens e serviços transaccionáveis apoiando projectos que contribuam para o valor acrescentado nacional e também para a criação de emprego. António Saraiva também defendeu a necessidade de simplificar a burocracia que habitualmente envolve as candidaturas aos fundos comunitários. “Devem promover-se candidaturas plurianuais que permitam o desenvolvimento de estratégias viáveis e duradouras”, afirmou.No final do jantar o Rancho Folclórico do Bairro mostrou ao secretário de Estado e aos empresários estrangeiros como se dança o fandango, dança típica do Ribatejo.

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