O MIRANTE conversou sobre o actual momento da agricultura com o presidente da Agromais, Luiz Vasconcellos e Souza, que considera que a agricultura portuguesa está bem, tem bom nome na Europa, e que este foi o sector que menos sofreu em Portugal durante a crise. "As pessoas perceberam que uma fábrica fechada não vale nada, mas uma parcela de terra vale sempre qualquer coisa", explicou.

As feiras, os eventos e o marketing associados à agricultura também foram motivo de conversa. Questionado sobre se a Agromais vai estar presente na Feira Nacional de Agricultura diz que sim mas num pavilhão em conjunto com outras entidades parceiras da Agromais.

Sobre se a feira que se realiza no CNEMA, em Santarém, ainda serve os interesses dos agricultores e da agricultura, Vasconcellos e Souza reconhece que é uma feira agrícola fora de tempo, nomeadamente em relação às datas normais das feiras agrícolas na Europa. É ainda uma feira agrícola fora de tempo porque na agricultura também houve evolução e esta feira é do tempo em que a agricultura vivia em boa parte das culturas de sequeiro, o que hoje já não acontece nem pouco mais ou menos.

Questionado sobre se a Feira da Agricultura não é neste momento uma feira de vaidades por causa de viver sobretudo dos espectáculos, o presidente da Agromais diz não ser a melhor pessoa para dar opinião, mas concorda que "talvez haja espectáculos a mais" e que isso se justifica por questões comerciais. "Se o interesse da feira for medido pelo número de entradas, se calhar o melhor é haver muitos espectáculos. A feira não é bem para o negócio mas sim para mostrar coisas", afirma.

* Entrevista completa na edição semanal de O MIRANTE.