Nersant quer empresas a apostar na sustentabilidade
Objectivo é juntar todos para identificar as oportunidades que surgiram e encontrar soluções, quer individuais, quer articulando empresas.
A Associação Empresarial da Região de Santarém (Nersant) e a Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT) promoveram hoje, em Santarém, uma sessão para sensibilizar o sector agroindustrial a ver na sustentabilidade “um factor de criação de valor”.
A sessão “Resíduos são Receitas Extraordinárias – A circularidade no sector agroindustrial”, que se realizou hoje à tarde na ‘Startup’ de Santarém da Nersant, foi a primeira a realizar no âmbito do projecto Lezíria+Sustentável, que a associação desenvolve em parceria com a CIMLT.
O objectivo é “actuar sobre um conjunto de lacunas e oportunidades identificadas na área da sustentabilidade, criando actividades e ferramentas que contribuam para o reforço da capacidade empresarial” das pequenas e médias empresas (PME).
Pedro Félix, responsável pelo projecto, disse que se pretende sensibilizar as empresas para o facto de poderem adoptar métodos e práticas sustentáveis para o ambiente e para a própria empresa, pois podem traduzir-se em ganhos, tanto na poupança em consumos como na introdução de inovação, nomeadamente incorporando resíduos nos processos de produção e evitando assim o desperdício.
“Queremos identificar as principais lacunas, as oportunidades da circularidade, cruzar sectores”, disse, salientando que a última sessão, “Separar para Enriquecer – A circularidade no sector do ambiente e resíduos”, agendada para 20 de Junho, se vai realizar juntamente com o Ecoparque do Relvão, na Chamusca, que promove a simbiose entre empresas.
Até lá decorrerão ainda duas sessões, uma dedicada ao sector da metalomecânica, intitulada “Refabricar para Crescer – A circularidade no sector da metalomecânica”, a 11 de abril, e outra ao sector da logística, “Rentabilidade em Movimento – A circularidade no sector da logística”, a 23 de maio.
Na sessão final, o objectivo é “juntar todos para identificar as oportunidades que surgiram” e “encontrar soluções, quer individuais, quer articulando empresas”, disse Pedro Félix, dando como exemplo a possibilidade de se cruzarem resíduos que juntos podem originar receita e isolados são um problema.
A ideia é “deixar a reactividade e apostar na proatividade através da criação de produtos, serviços e modelos de negócio onde a sustentabilidade é vista como um fator de criação de valor e não como um constrangimento”, salientou.
O projecto quer ainda “promover práticas de cooperação e coopetição baseadas na sustentabilidade, contribuindo para o aumento do número de pequenas e médias empresas que introduzem processos de inovação”, acrescentou.
“Pretende-se com este projecto contribuir para que as PME da região passem a olhar para a sustentabilidade como um factor e competitividade, incorporando inovação nesta área, de forma a criar valor e vantagens competitivas altamente valorizadas pelos mais exigentes mercados internacionais, fomentando a adopção de comportamentos mais sustentáveis e inovadores a quem quer estar presente no mercado global”, refere o documento da Nersant.