Economia | 17-02-2019 18:00

Nersant revela oportunidades do acordo entre UE e Japão

Nersant revela oportunidades do acordo entre UE e Japão
ECONOMIA

Acordo traz desafios e oportunidades para as empresas do Ribatejo, com a redução ou mesmo anulação de impostos e burocracias.

O Embaixador do Japão, Jun Niimi, esteve em Torres Novas a convite da Associação Empresarial da Região de Santarém (Nersant) para dar a conhecer as oportunidades criadas pelo Acordo de Parceria Económica entre a União Europeia (EU) e o Japão, que entrou em vigor a 1 de Fevereiro.

O encontro decorreu a 12 de Fevereiro na sede da Nersant e contou com a presença de cerca de 40 empresários da região de Santarém. Maria Salomé Rafael, presidente da direcção da associação empresarial, referiu-se ao acordo como “muito favorável à realização de negócios” mostrando-se confiante nas empresas da região para o saberem aproveitar, uma vez que têm agora acesso à maior zona de comércio livre do mundo.

Jun Niimi avançou que o acordo traz grandes desafios e oportunidades para as empresas do Ribatejo, nomeadamente através da redução ou mesmo anulação de impostos e da redução da burocracia.

O Presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Japonesa, Paulo Ramos, destacou as oportunidades para o sector agro-alimentar onde o acordo elimina os direitos japoneses aplicáveis a alguns produtos como queijos e vinhos, e permite aumentar substancialmente as exportações de carne de bovino. No que toca à carne de porco, haverá um comércio livre de direitos para a carne transformada e quase livre de direitos para a carne fresca. Está também assegurada a protecção, no Japão, de mais de duas centenas de produtos agrícolas europeus de elevada qualidade, com indicação geográfica (IG), e está garantida a protecção de uma selecção de IG japonesas na UE.

Paulo Ramos referiu ainda a abertura dos mercados de serviços, com reforço para os serviços financeiros, comércio digital, telecomunicações e transportes. Assim como a facilitação do acesso das empresas europeias aos grandes mercados de contratos públicos em mais de meia centena de grandes cidades japonesas. O Presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Japonesa reforçou ainda a supressão dos obstáculos aos contratos públicos no sector ferroviário e notou as especificidades da UE ao nível do sector automóvel, “com períodos de transição de até sete anos antes de os direitos aduaneiros serem eliminados”.

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