Entrevista | 30-07-2011 23:55

“A política não pode estar só nas mãos dos partidos”

“A política não pode estar só nas mãos dos partidos”
Autarca diz que a coligação PSD/PS que gere a Câmara de Tomar é “contranatura” e nascida para servir interesses pessoais, discorda da existência de vereadores a tempo inteiro com apenas um pelouro referindo que é um desperdício de recursos e afirma que, se fosse o actual presidente da autarquia, o vereador socialista Luís Ferreira tinha ficado sem pelouros após o “caso Lobo Antunes”. Sem papas na língua, Pedro Marques explica numa entrevista a publicar na próxima edição semanal em papel de O MIRANTE que o quiseram tramar e garante que não regressou à vida autárquica para limpar a sua imagem, porque não há nada para limpar. A Câmara de Tomar era ingovernável sem este acordo de coligação?Não. No meu primeiro mandato também não tive maioria absoluta e nunca tive problemas. Por uma razão muito simples: a gestão era aberta e transparente, os projectos eram abertos a toda a gente. Não me lembro de ter perdido qualquer votação quer na câmara quer na assembleia municipal. Curiosamente, as maiores dificuldades que tive foi com maioria absoluta, porque havia quem pensasse que os assuntos não deviam ser discutidos com a oposição. Tive vereadores do PSD com pelouros sem problema nenhum. São todos eleitos, portanto têm a mesma legitimidade. Mas na lógica politico-partidária, de concorrência entre partidos, isso não é tido em conta.Não é tido em conta e eu acho que erradamente. Isso é o pensamento de um cidadão que não é filiado num partido.Deve-se pensar na qualidade das pessoas. E há pessoas que não têm as competências nem sequer a sensibilidade devida para determinados pelouros. Isso acontece na actual vereação da Câmara de Tomar?Acho que sim e o próprio PSD já assumiu que isto é para mudar no próximo mandato. O que eu pergunto é: por que não mudar antes? Sou daqueles que defendem a estabilidade e tem-se sentido algum divórcio entre o PSD e o executivo. Não é possível estar-se numa coligação e os partidos não se entenderem e nunca terem dialogado. Acredita que a coligação vai chegar até final do mandato?Não sei. O PSD e o PS não têm estratégia e estão a afundar o concelho, mas se o único leit motiv deles é os interesses pessoais a coligação poderá chegar até ao fim. Mas penso que se o PSD mantiver isto, o PS mais tarde ou mais cedo acabará por saltar fora, para se demarcar, chegar às eleições e dizer que não teve nada com isto. Mas teve. É difícil ter um pé no poder e outro na oposição.Como é óbvio e é o que eles pretendem. Têm que se assumir como tal. Nesse aspecto acho que quem anda mais atento não percebe como esta coligação se mantém. ENTREVISTA COMPLETA NA EDIÇÃO SEMANAL EM PAPEL DE QUINTA-FEIRA

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