Entrevista | 19-11-2013 00:03

Coruche tem um presidente novo mas já com muita rodagem na vida autárquica

Coruche tem um presidente novo mas já com muita rodagem na vida autárquica

O novo presidente da Câmara de Coruche, Francisco Oliveira, já era vice-presidente no mandato anterior e por isso o cargo não lhe exigiu uma grande adaptação. O autarca elogia o trabalho do seu antecessor, Dionísio Mendes, e o trabalho que este fez deixando-lhe bases para que possa enfrentar o futuro com mais facilidade e ter capacidade para fazer obras. O socialista Francisco Oliveira critica a reorganização das freguesias do concelho, é pela regionalização e promete bater-se pela manutenção dos serviços públicos no concelho e pela construção de uma nova travessa sobre o Sorraia. A aposta no sector da cortiça é para continuar. Porque tem sido importante para evitar a saída de pessoas e fundamental para a melhoria da qualidade de vida, poder de compra e economia local.

Era vice-presidente no mandato passado, não deve ter sido difícil a transição para o novo cargo.Já tenho uma experiência de 12 anos desde que o PS conquistou a câmara. No primeiro mandato como secretário e nos seguintes como vereador. Ainda que o palco seja diferente, a situação não é completamente nova para mim, embora a responsabilidade seja diferente. Já sonhava ser presidente da câmara?Não! Estas coisas acontecem nas nossas vidas. O objectivo de ser presidente da câmara nunca foi traçado. As coisas foram-se concretizando e os acontecimentos sucedendo-se. Para isso é preciso que tenhamos esta entrega e espírito de missão. Ser autarca hoje implica uma exigência muito grande. Os que têm esta vontade têm de ter também uma grande disponibilidade e responsabilidade. O que me fez chegar aqui foi o sentir a causa municipal. Há a particularidade de neste concelho, ao contrário de outros, o ex-presidente da câmara não estar em nenhum órgão autárquico. Livrou-se de uma interferência do passado?Essa questão não se coloca porque o ex-presidente Dionísio Mendes sempre foi um parceiro e um aliado. A relação de proximidade e de trabalho mantém-se. Não haveria qualquer constrangimento se ele ocupasse qualquer cargo municipal. É mais fácil governar assim?Pode haver a tentação da comparação. Nós, os novos autarcas, poderemos ter esse estigma. Mas estamos a falar de projectos comuns. O que era o projecto de Dionísio Mendes continua a ser o nosso em termos de estratégia. Apesar de sermos pessoas diferentes em termos da forma de pensar e de ver as coisas. Não é por acaso que designámos o ex-presidente para ser o nosso representante na Retecork, rede europeia de territórios corticeiros. Ele de certa forma continua ligado ao município. Isso parece uma homenagem…De certa forma também é. O facto de hoje Coruche ser considerada a capital mundial da cortiça muito se deve a Dionísio Mendes. Tem-lhe pedido conselhos?Isso tem a ver com a auscultação das pessoas com opiniões diferentes. Ouvimos as pessoas. O que cabe ao decisor é consoante as várias opiniões tomar a decisão que lhe parece mais acertada.A aposta no sector da cortiça tem-se traduzido na melhoria das condições de vida e na captação de mais residentes?Tem-se traduzido numa dinâmica comercial e estrutural para o concelho, que é o maior produtor de cortiça e onde existem as maiores unidades de transformação. Esta aposta e o Observatório do Sobreiro e da Cortiça traduziu-se num conhecimento maior daquilo que são as nossas capacidades e potencialidades, numa atractividade que conseguimos gerar em termos empresariais. Não se conseguem atingir os objectivos plenos mas isso tem a ver com as contingências, com a situação económica.E o que é que isso trouxe de bom para a população?Ao promovermos esta fileira estamos a manter, ou pelo menos a criar, uma estabilidade em termos de postos de trabalho. Podemos não captar muitos residentes mas evitamos que os que cá estão tenham de sair. Pode haver críticas que o sector da cortiça está associada a algum poder económico, mas temos que perceber que este poder cria muitos empregos e que promove a qualidade de vida, rentabilidade, poder de compra e desenvolvimento da economia local. E somos consultados algumas vezes para a possibilidade de instalação no concelho de empresas deste sector. * Entrevista completa na edição semanal de O MIRANTE.

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